Foto: Philippe Wojazer/ AFP
Nicolas Sarkozy (C), o ministro das Relações Exteriores francês Bernard Kouchner (4ºD) e chanceler de Ruanda Louise Mushikiwabo (3ºD)
Da Redação, com AFP
mundo@eband.com.br
O presidente francês Nicolas Sarkozy reconheceu nesta quinta-feira em Kigali "graves erros de apreciação" da França e da comunidade internacional durante o genocídio de 1994 em Ruanda. Sarkozy ainda afirmou, em coletiva de imprensa com seu colega ruandês Paul Kagamé que quer ver os responsáveis pelo atentado "castigados"."O que aconteceu aqui é inaceitável, mas isso obriga a comunidade internacional, o que inclui a França, a refletir sobre seus erros que impediram prevenir e deter esse crime espantoso", declarou Sarkozy.
Entre essas falhas, Sarkozy citou "graves erros de apreciação, uma forma de cegueira quando não vimos a dimensão genocida do governo do presidente que foi assassinado, erros em uma operação Turquesa realizada tarde demais ".
O Exército francês lançou a operação Turquesa em junho de 1994, três meses depois do início do genocídio.
Depois do genocídio de 1994, o governo de Paul Kagamé acusou a França de cumplicidade por ter apoiado seu antecessor Juvenal Habyarimana. Paris sempre rejeitou a acusação.
A morte de Habyarimana em um atentado desencadeou um genocídio que deixou cerca de 800.000 mortos, em sua grande maioria membros da etnia tutsi.
Homenagem
Pouco antes, Sarkozy, homenageou as vítimas do massacre, "em nome do povo francês", ao visitar o momumento fúnebre erguido em Kigali.
"Em nome do povo francês, me inclino ante as vítimas do genocídio dos tutsis (...), a humanidade manterá para sempre a memória destes inocentes e de seu martírio", escreveu Sarkozy no livro de ouro do monumento fúnebre.
O chefe de Estado francês, acompanhado dos ministros ruandeses das Relações Exteriores, Louise Mushikiwabo, e da Cultura, Joseph Habineza, respeitou um minuto de silêncio diante de 14 fossas comuns do monumento, onde foram enterrados os corpos de mais de 250.000 vítimas, e depositou uma coroa de flores.
Sarkozy, ao lado de seu ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e de uma delegação francesa, visitou durante cerca de 20 minutos o museu que relata a história de Ruanda da colonização belga até o genocídio.
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