"Os felizes não são piedosos". (Hegel)
(Citação extraída do Blog Tijolaço, do Brizola Neto)
Ao tomar conhecimento do terremoto que se abateu sobre o Chile é impossível deixar de pensar sobre uma palavra que deverá estar presente em nossos corações: "Solidariedade". O povo do mundo inteiro se solidarizou com o sofrimento dos haitianos. Agora é a vez do Chile, infelizmente. Poucas vezes sentimos tanta desesperança com as catástrofes que invadem tantos países ao redor do mundo. Além de tudo isso que vem acontecendo, o que nos espanta, é a violência generalizada, estampada nas diferentes mídias. Mas, nem todas são visíveis. O que se percebe também é um clima de discriminação inconcebível. No que tange à Justiça o que se vê é uma posição negligente em relação aos poderosos, porém, muito severa e implacável com os mais pobres. Não se vê que a pobreza é um problema social, que só com políticas públicas eficientes, poderá ser amenizada. Os rigores da Lei jamais resolverão tais problemas. A solidariedade, sim. De TODOS. Josué de Castro diz que: "A fome é a manifestação biológica de um problema sociológico". Certíssimo. Mas, infelizmente, inúmeros são os países que ainda estão sujeitos a essa degradação . Os causadores desta miséria querem garantir seus privilégios, a qualquer custo. Basta um olhar crítico para ver o que fazem pelo mundo afora para garantir sua eterna felicidade. Sem dó e sem piedade.
Mas, há sempre alguém que protesta em defesa dos que sofrem e que são marginalizados por esta sociedade que já passou de caduca. Nela só é considerado cidadão quem pode consumir as bobagens que o mercado, aliado à mídia, oferece. Tudo é uma questão de aparência . As necessidades básicas ficam em segundo plano. Felicidade passou a ser sinônimo de consumo desenfreado. Saúde e Educação vêm em último lugar para grande parcela da sociedade. Como o desejo é inerente ao ser humano e a mídia socializa o sonho e privatiza os bens, assistimos, estarrecidos, a tantos crimes acontecendo por motivos fúteis. A solidariedade tem que estar viva no coração dos homens para mudar este cenário de profunda injustiça. Ou vamos sucumbir, não resistiremos... Esta solidariedade e o protesto diante de tantas catástrofes estão contidos num belíssimo poema, de um grande poeta português (Manuel Alegre), citado por Oscar Niemeyer num artigo do JB, de 18/06/00:
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país.
O vento cala a desgraça,
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça.
Há sempre alguém que semeia,
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão,
Há sempre alguém que resiste,
Há sempre alguém que diz não.
Matéria escrita por Leda Ribeiro ( Colaboradora do Blog).
Ao tomar conhecimento do terremoto que se abateu sobre o Chile é impossível deixar de pensar sobre uma palavra que deverá estar presente em nossos corações: "Solidariedade". O povo do mundo inteiro se solidarizou com o sofrimento dos haitianos. Agora é a vez do Chile, infelizmente. Poucas vezes sentimos tanta desesperança com as catástrofes que invadem tantos países ao redor do mundo. Além de tudo isso que vem acontecendo, o que nos espanta, é a violência generalizada, estampada nas diferentes mídias. Mas, nem todas são visíveis. O que se percebe também é um clima de discriminação inconcebível. No que tange à Justiça o que se vê é uma posição negligente em relação aos poderosos, porém, muito severa e implacável com os mais pobres. Não se vê que a pobreza é um problema social, que só com políticas públicas eficientes, poderá ser amenizada. Os rigores da Lei jamais resolverão tais problemas. A solidariedade, sim. De TODOS. Josué de Castro diz que: "A fome é a manifestação biológica de um problema sociológico". Certíssimo. Mas, infelizmente, inúmeros são os países que ainda estão sujeitos a essa degradação . Os causadores desta miséria querem garantir seus privilégios, a qualquer custo. Basta um olhar crítico para ver o que fazem pelo mundo afora para garantir sua eterna felicidade. Sem dó e sem piedade.
Mas, há sempre alguém que protesta em defesa dos que sofrem e que são marginalizados por esta sociedade que já passou de caduca. Nela só é considerado cidadão quem pode consumir as bobagens que o mercado, aliado à mídia, oferece. Tudo é uma questão de aparência . As necessidades básicas ficam em segundo plano. Felicidade passou a ser sinônimo de consumo desenfreado. Saúde e Educação vêm em último lugar para grande parcela da sociedade. Como o desejo é inerente ao ser humano e a mídia socializa o sonho e privatiza os bens, assistimos, estarrecidos, a tantos crimes acontecendo por motivos fúteis. A solidariedade tem que estar viva no coração dos homens para mudar este cenário de profunda injustiça. Ou vamos sucumbir, não resistiremos... Esta solidariedade e o protesto diante de tantas catástrofes estão contidos num belíssimo poema, de um grande poeta português (Manuel Alegre), citado por Oscar Niemeyer num artigo do JB, de 18/06/00:
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país.
O vento cala a desgraça,
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça.
Há sempre alguém que semeia,
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão,
Há sempre alguém que resiste,
Há sempre alguém que diz não.
Matéria escrita por Leda Ribeiro ( Colaboradora do Blog).
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