por Luiz Carlos Azenha
(para ser lido com fartas doses de ironia)
Vendo esta capa de O Globo, lembrei-me de um episódio da campanha eleitoral de 1988, nos Estados Unidos, entre George Bush pai e o democrata Michael Dukakis.
Na época eu morava nos Estados Unidos e era correspondente da TV Manchete.
Boa parte da campanha foi baseada na acusação de que Dukakis pegava leve com o crime.
Ela se baseou em um comercial que acusava Dukakis de, quando governador de Massachussets, ter “soltado” um estuprador, Willie Horton.
Para saber mais sobre Willie Horton, clique aqui.
Horton cumpria pena pesada por uma série de crimes mas tirou proveito de um programa estadual que permitia aos condenados com bom compartamento passar fins-de-semana fora da cadeia.
Mas houve outro comercial, mais tenebroso ainda!
A capa do jornal carioca não tem qualquer relação com o caso de Horton, mas nos ajuda a entender por onde vai a campanha.
O pré-candidato José Serra, palmeirense, aquele que “visita” a cabine de uma emissora de rádio (concessão pública) no Pacaembu para comentar Santos vs. Santo André, parece ter assumido o manto de “candidato dos homens”. Tudo indica que lançará uma mulher, meiga, para vice: Kátia Abreu, que parecia a Rosane Collor (em sua fase pudica) dando entrevista na mais recente edição de uma certa revista.
Dias depois, ao visitar o programa do Datena, na TV Bandeirantes, José Serra propôs a criação do Ministério da Segurança.
O mesmo O Globo, em seguida, ouve “especialistas”.
Como notou o pessoal do FBI, o título dizia, em primeira página:
“Especialistas apoiam idéia de Serra; Dilma não“(28/4/10)
Ou seja, sem olhar para o lado, o pré-candidato do PSDB olha para a frente.
Governador de São Paulo? Foi outro.
E a gente fica confuso, sem saber o que é política e o que é marketing eleitoral:
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