Publicado em 30/04/2010
O que pensa essa rapaz ?, se perguntou o filósofo Paulo Arantes, numa sabatina da Folha (*), e autor de um brilhante ensaio sobre “1964, o ano que não vai embora”, ou “O que resta da ditadura ? Nada. Só a ditadura”.
Com que bandeira o Serra se candidatará ?, perguntei a um governador do PMDB: com o PiG (**), ele respondeu.
Sem dúvida.
Veja, por exemplo, a papel ridículo a que o Serra – quando ousa ter ideias próprias – se submeteu ao combater os juros altos.
O site Cloaca News publicou a tabela dos juros do Governo de que ele foi o Grande Planejador.
Como diz o Ciro Gomes, Serra numa campanha é garantia de baixaria.
Além das operações do Graeff, que o Leandro Fortes denunciou na Carta Capital , e o Tijolaço do Brizola Neto aprofundou , Serra teria uma última carta na manga, ou melhor, no bornal das baixarias.
A carta do terrorismo.
Enquanto Serra se refugiava no Chile, Dilma, como se sabe, combatia o regime militar.
A Folha (*), líder da oposição ao Governo Lula, elaborou uma ficha falsa da Dilma, para retratar uma Dilma que não existiu.
Na ficha, falsa, Dilma se tratava de uma guerrilheira sanguinária.
( A Dilma não vai processar a Folha(*) ?)
Faz parte da estratégia (inútil) do Serra ser um profeta da catástrofe.
Assustar a classe média.
Transformar a classe média num conjunto de reginas duartes.
A última, derradeira arma poderia ser a ficha falsa da Dilma: veja, regininha, que perigo você corre !
Claro que isso seria feito na véspera da eleição, no jornal nacional dos filhos do roberto marinho, sob a batuta impecável do Ali Kamel.
Como as cédulas dos aloprados, no dia em que caiu o avião da Gol.
O Serra poderia exumar um cadáver.
Combinava com o Jorge Serpa e o Armando Falcão e a Dilma ficaria em apuros, aos 44’ do segundo tempo.
Isso tudo ainda pode ser feito.
Serra numa campanha é garantia de …
Mas, a histórica decisão do STF – clique aqui para ler “Editorial do Globo anistia o Globo” – tira força desse cadáver.
Ele terá menos peso.
E pode se virar contra o feiticeiro.
Afinal, o STF determinou que a tortura não será jamais julgada.
Somos, como na Escravidão, o derradeiro abrigo dos negreiros.
É um paradoxo.
Mas, a decisão do Supremo não ajudou o Serra.
Paulo Henrique Amorim
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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