“Sábado vou estar em quatro festas no Dia do Trabalhador”, disse-me o presidente Lula, em rápida conversa que tivemos logo após o seu pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão na noite desta quinta-feira.
Ainda mais animado do que de costume, após a última reunião do dia, com um grupo de senadores, na sede provisória do governo no CCBB, mais de nove da noite, Lula me perguntou se tinha lido a matéria da revista Time que o incluiu entre os 25 líderes mais influentes do mundo.
Sim, eu já tinha visto, respondi-lhe, como se fosse algo natural, que não chegou a ser uma surpresa para ninguém. Para ele, porém, notei que foi uma notícia muito gratificante, um reconhecimento da revista mais importante do mundo, bem no dia em que faria um balanço dos seus mais de sete anos de governo, já em tom de despedida.
Não seria o velho Lula se, ao final, não fizesse uma brincadeira com ele mesmo sobre o tamanho do próprio ego, como nos tempos em que comemorava pequenas conquistas salariais, quando era apenas o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista. Lembrei-lhe que, ao chegar em casa, dona Marisa certamente o faria logo colocar de novo os pés no chão.
Mais do que os números que recitou sobre a melhoria do emprego e da renda no país, em seu último pronunciamento de 1º de Maio como presidente da República, foi a sua cara feliz e confiante de sujeito de bem com a vida, satisfeito com os rumos do país, que melhor resumiu o que pensa e sente Lula ao final de dois mandatos.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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