Estranhamente o jornal Agora, do grupo "Folha de São Paulo" engavetou por 11 dias a notícia da morte de um deficiente visual que caiu nos trilhos do metrô e foi atropelado por um trem.
O deficiente visual Diógenes Ermelindo, 63 anos, morreu atropelado por um trem do metrô ao cair nos trilhos da estação Santa Cecília, na linha 3-vermelha (Palmeiras-BarraFunda/Corinthians-Itaquera), às 9h45 do último dia 22. Ele ainda foi socorrido na Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu.
Se o trágico acidente foi no dia 22, por que só noticiar agora? O grupo Folha escondeu? O Metrô escondeu? O governo demo-tucano paulista escondeu?
Segundo o jornal, o Metrô disse apenas que os deficientes são acompanhados nas estações por funcionários ou se movimentam seguindo rota segura e sinalizada por meio de piso tátil.
Segundo o delegado que respondeu pela ocorrência, Ermelindo não teria aguardado a chegada de um funcionário do Metrô para ajudá-lo.
Será que não aguardou, ou desistiu após muita espera? O delegado não pediu as câmaras de segurança?
Choque de gestão troca funcionários pelo arriscado piso tátil
Em junho de 2009, Ermelindo era usado na publicidade do governo demo-tucano, para mostrar uma maquete com um mapa tátil com nome das ruas em braile, no metrô, e também elogiava os pisos táteis instalados no chão das estações.
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Sem dúvida os pisos táteis são úteis e importantes, mas nada substitui a assistência humana de funcionários em locais onde coloca a vida em risco.
Os governos demo-tucano são "mestres" em choques de gestão neoliberais, substituindo a mão-de-obra humana por automatismos e auto-atendimento. A economia com este tipo de mão-de-obra é pequena. Não valeu a vida de Ermelindo.
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