Danilo Verpa-9.jan.12/Folhapress |
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
Um inquérito civil foi instaurado em conjunto por quatro promotorias
para investigar a operação iniciada no dia 3 pela Polícia Militar na
cracolândia, no centro de São Paulo. Segundo os promotores de Habitação,
Direitos Humanos (Inclusão Social e Saúde) e da Infância e Juventude, o
objetivo é descobrir quem está comandando a ação e se houve improbidade
administrativa.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, eles caracterizam
como "desastrosa" a ação, que teria boicotado o trabalho que já estava
sendo feito na região.
A principal crítica dos promotores é que a operação foi realizada antes
da inauguração do centro de acolhimento para usuários de drogas,
localizado na rua Prates, região central.
O grupo marcou uma reunião com os órgãos envolvidos para o próximo dia
13 a fim de decidir o que pode ser feito e quem pode ser
responsabilizado.
Os promotores ainda foram questionados se operação teria sido deflagrada para tentar impedir uma intervenção do governo federal na região.
"Não é possível fazer esta afirmação, mas temos que lembrar que é um
ano eleitoral", disse o promotor Maurício Lopes, da promotoria de
Habitação.
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