Nenhuma outra CPI tem tanto material já pronto para ser analisado como
esta. Tem os relatórios da Polícia Federal, os inquéritos, centenas de
horas de interceptações telefônicas que não foram transcritas, tem
sigilos já quebrados, tem o caminho das pedras.
Então a CPI real está na sala cofre com os dados. Tem muito material e
leva tempo. Se o relator e os parlamentares sérios forem meticulosos na
análise destes dados chegará aos resultados que todos nós queremos.
Por isso ninguém deve desanimar com o que vê na TV.
Se a gente se basear só nas reuniões abertas da CPI do Cachoeira,
transmitidas pela TV, parece que dali não sai nada. Quem já está preso
não vai abrir o bico. E tem parlamentar jogando para platéia, mas que,
na verdade está atuando para melar a CPI.
O deputado Francischini parece aqueles alunos arruaceiros que atrapalha a
aula, fica querendo chamar para a briga, e só atrapalha o bom
andamento. Outros só pensam em holofotes e politicalha, em vez de
buscarem trabalho eficaz de investigação. É o caso de Álvaro Dias
(PSDB-PR), Onix Lorenzoni (DEMos-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). E
outros que só pensam em blindar os seus correligionários e seus estados,
empurrando a CPI para outro rumo, como é o caso de Kátia Abreu (PSD-TO)
e dos já citados.
Curiosamente, nenhuma CPI com tanto material sigiloso em mãos, teve tão
pouco vazamento para a imprensa (o que vazou para a internet, foi antes
da CPI ter em mãos). Logo, ou os costumeiros vazadores demotucanos não
estão gostando do que estão encontrando para vazar, ou a velha imprensa
não está gostando do que está tendo acesso para publicar.
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