A partir dos documentos da Operação
Montecarlo, tornados públicos, fica claro e cristalino que a Veja, em
associação com o crime organizado – leia-se Carlinhos Cachoeira –
cometeu crimes inaceitáveis em países democráticos.
Ninguém tem mais dúvidas de que o chefe
do crime organizado no Centro-Oeste, Carlinhos Cachoeira, abastecia a
Veja (via Policarpo Jr., seu editor) com informações obtidas a partir de
um esquema ilegal de escuta e vídeos.
Desde o vídeo que iniciou o que o Roberto
Jefferson e as Organizações Serra chamaram de “mensalão”, até a recente
matéria onde, através da violação de domicílio e suborno aos
administradores do Hotel Naoum, foram realizadas gravações para produzir
matéria sensacionalista sobre Zé Dirceu.
Esse comportamento da Veja em nada difere do de Murdoch, que está sendo processado no Reino Unido.
Acrescento que essa ação é ilegal, pois
somente pode ser feita escuta ou gravação de vídeo, em investigações
policiais e, sempre, com um mandado judicial autorizando essa ação.
Então está claro: a Veja utilizou meios
ilegais e criminosos para fazer suas matérias sensacionalistas, com o
objetivo explícito de golpe contra o governo – constituído
democraticamente – de Lula e, agora, contra o governo Dilma.
A Veja fez ação criminosa e, como se não
bastasse, se associou ao crime organizado para um intento golpista, via o
Poderoso Chefão Dom Carlos Cachoeira.
Dito isso, vem a pergunta:
O que as Organizações Serra (Globo, Folha e Estadão, entre outros) têm a declarar sobre isso?
Que os fins justificam os meios?
Que para denunciar bandidos (na verdade, inimigos políticos) tem que se associar a bandidos?
Que a tal “liberdade de imprensa” justifica qualquer ato ignóbil?
Pelo menos no Reino Unido a imprensa e a população não pensam assim…
Por isso defendo a imediata convocação de
Roberto Civita e de Policarpo Júnior para explicarem mais
detalhadamente essa relação político-criminosa com o Cachoeira.
E pergunto ao Procurador Geral da República o que falta para ele abrir investigação contra a Veja.
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