Dois pontos relevantes da CPMI de Cachoeira, propostos pelo senador Fernando Collor.
O primeiro é a convocação do Procurador Geral Roberto Gurgel e do ex-Delegado Geral da Policia Fernando Luiz Fernando.
Para Collor, é inadmissível que Gurgel se recuse a prestar
esclarecimentros. De sua parte, propôs uma convocação. O presidente da
CPMI substituiu por um convite, que foi feito pessoalmente a Gurgel. A
intenção não seria constranger o Procurador, mas contar com sua ajuda
para entender o emaranhado de informações dos inquéritos.
A reação de Gurgel surpreendeu. Logo em seguida convidou para uma
conversa dois senadores oposicionistas, Álvaro Dias e Aluizio Nunes,
pedindo seu apoio contra a convocação. Dias, que entra em todas,
aceitou; Nunes, que é precavido, recolheu-se.
Em seguida, Gurgel sugeriu que poderia dispor de fatos fortuitos, capazes de enredar autoridades. Para Collor, soou como ameaça.
À luz dos últimos fatos, e dos depoimentos dos delegados encarregados
dos inquéritos, Collor insiste na obrigação de Gurgel de prestar
esclarecimentos.
Caso Policarpo
O segundo ponto é do jornalista Policarpo Jr., diretor da revista Veja.
Policarpo já depôs na Comissão de Ética da Câmara, em defesa de
Cachoeira. São mais de dez anos de cumplicidade, diz Collor, em que o
jornalista atuou como porta-voz do bicheiro.
Collor confirma que existem dezenas de grampos de Policarpo conversando
com Cachoeira e com outros membros da quadrilha. Essas informações foram
obtidas das equipes técnicas que acompanharam os delegados.
O Guardião, da PF - aparelho que registra os grampos - tem um sistema de
buscas. Quando se coloca Policarpo x Cachoeira e Policarpo x outros
membros, aparecem dezenas e dezenas de menção de grampos não degravados.
Em vista disso, foi feito um requerimento solicitando à PF todas as
gravações envolvendo Policarpo ou nas quais ele é mencionado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário