quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Senado quer as gravações com Policarpo


Dois pontos relevantes da CPMI de Cachoeira, propostos pelo senador Fernando Collor.
O primeiro é a convocação do Procurador Geral Roberto Gurgel e do ex-Delegado Geral da Policia Fernando Luiz Fernando.
Para Collor, é inadmissível que Gurgel se recuse a prestar esclarecimentros. De sua parte, propôs uma convocação. O presidente da CPMI substituiu por um convite, que foi feito pessoalmente a Gurgel. A intenção não seria constranger o Procurador, mas contar com sua ajuda para entender o emaranhado de informações dos inquéritos.
A reação de Gurgel surpreendeu. Logo em seguida convidou para uma conversa dois senadores oposicionistas, Álvaro Dias e Aluizio Nunes, pedindo seu apoio contra a convocação. Dias, que entra em todas, aceitou; Nunes, que é precavido, recolheu-se.
Em seguida, Gurgel sugeriu que poderia dispor de fatos fortuitos, capazes de enredar autoridades. Para Collor, soou como ameaça.
À luz dos últimos fatos, e dos depoimentos dos delegados encarregados dos inquéritos, Collor insiste na obrigação de Gurgel de prestar esclarecimentos.

Caso Policarpo

O segundo ponto é do jornalista Policarpo Jr., diretor da revista Veja.
Policarpo já depôs na Comissão de Ética da Câmara, em defesa de Cachoeira. São mais de dez anos de cumplicidade, diz Collor, em que o jornalista atuou como porta-voz do bicheiro.
Collor confirma que existem dezenas de grampos de Policarpo conversando com Cachoeira e com outros membros da quadrilha. Essas informações foram obtidas das equipes técnicas que acompanharam os delegados.
O Guardião, da PF - aparelho que registra os grampos - tem um sistema de buscas. Quando se coloca Policarpo x Cachoeira e Policarpo x outros membros, aparecem dezenas e dezenas de menção de grampos não degravados.
Em vista disso, foi feito um requerimento solicitando à PF todas as gravações envolvendo Policarpo ou nas quais ele é mencionado.
Luis Nassif
No Advivo

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