“Dirigente do sindicato dos metroviários,
Daguinaldo Gonçalves acusa direção do Metrô de colocar supervisores na condução
de trens; "É uma irresponsabilidade", diz; "se o governo do
Estado aceitar proposta feita pela Justiça, podemos voltar a trabalhar";
greve afeta 4 milhões de pessoas e causa recorde de 231 km de congestionamentos
Brasil 247
Todos os gargalos do sistema de transportes
da maior cidade do País estão sendo expostos, ao mesmo tempo, nesta quarta-feira
23, durante a greve de metroviários e ferroviários. A paralisação quase
completa dos trens do Metrô, os reflexos diretos nos vagões da Companhia
Metropolitana de Trens Urbanos (CPTM) e a desorganização geral do sistema de
ônibus afetaram na menos que 4 milhões de pessoas na manhã de hoje. Foi batido
o recorde de extensão de congestionamentos, que perdurava desde novembro de
2004, com a marca de 210 quilômetros de vias entupidas. Um quadro sem retoques
do mais completo caos. Os metroviários pedem 5,4% de reajuste salarial, além de
elevação no valor do vale-refeição.
A política partidária e as eleições
municipais compõem o pano de fundo da greve que enfarta as artérias
paulistanas. "Irresponsáveis", reagiu o governador Geraldo Alckmin.
"É um movimento político-partidário de um grupelho radical",
completou. Ele alegou que, em negociação salarial, o governo ofereceu 1,5%
acima da inflação aos metroviários. Os representantes da categoria, cuja
diretoria sindical é composta por quadros do PSTU, PSOL, CST – corrente
trotskista, PC do B e do PCB, alegam que o reajuste é insuficiente. Eles
criticam a gestão do governo estadual para o metrô. E reclamam da falta de
investimentos em manutenção e ampliação. O candidato do PT a prefeito, Fernando
Haddad, atacou duramente, na semana passada, a gestão tucana nos transportes, a
partir de um choque entre composições do metrô que resultou em 100 feridos
leves. Seu adversário José Serra evitou discutir o problema, alegando que
Haddad procurava se aproveitar de uma quase tragédia.”
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