Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação
“É isso aí, foi dada a partida para o
Brasil realmente virar uma página infeliz da nossa história, parodiando Chico
Buarque de Holanda. Os brasileiros com um mínimo de consciência assinam embaixo
do que escreveram Urariano e o Mair neste espaço do DR sobre a Comissão da
Verdade.
Claro que há algumas observações a
fazer, uma delas a nomeação de Gilson Dipp, Ministro do Superior Tribunal
de Justiça, o mesmo que defendeu o Estado brasileiro na Comissão de Direitos
Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o
Brasil com a exigência de as autoridades localizarem os restos dos
combatentes da guerrilha do Araguaia assassinados por militares quando estavam
fora de combate. A Comissão recomendou também a revisão da Lei da Anistia.
Como Dipp já advogou contra ós familiares
de vítimas da guerrilha do Araguaia na OEA, cabe a pergunta se ele terá isenção
nos trabalhos da Comissão da Verdade.
Nenhuma Comissão da Verdade em qualquer
parte do mundo teve caráter punitivo. Não é esta a função dela. Fica, portanto,
no mínimo estranho que a todo momento integrantes da Comissão, principalmente o
Ministro Dipp, destaquem a vigência da Lei da Anistia de 1979.
Se a opinião pública pressionar, nada
impede de o Ministério Público apresentar denúncia contra os agentes do Estado
ainda vivos que torturaram e mataram presos políticos.
No meio do avanço, apesar de alguns
pesares, que representa a Comissão da Verdade surgem setores advogando a
chamada “teoria dos dois demônios” querendo igualar os que combateram a ditadura,
geralmente jovens com armas na mão ou não, e os crimes perpetrados pelo regime
ditatorial através de agentes do Estado, civis e militares.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Nenhum comentário:
Postar um comentário