Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação
“Os grandes
jornais e revistas brasileiros – “grandes” no sentido do quase monopólio que
imprimem ao processo de informação entre nós – andam agitados, repercutindo as
críticas da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que , com a desculpa
fácil da liberdade de expressão, na realidade busca opor-se a qualquer controle
dos meios de informação, esquecendo convenientemente, na sua linha
argumentativa, que os marcos regulatórios nesse campo existem na maioria dos
países do chamado mundo desenvolvido.
Em princípio, é inatacável a
tese de que um país livre exige uma imprensa livre. Mas a imprensa só pode ser
digna de ostentar esse rótulo se os seus donos propiciarem a verdadeira
liberdade de informar, se estimularem o trânsito de todas as ideias , se
realmente instituírem o contraditório como princípio maior das suas atividades
de órgão formador da opinião pública. Mas...será que é isso mesmo que acontece
na grande mídia nacional? Estarão os brasileiros tendo acesso igualitário a
todos os ângulos dos fatos noticiados?
A mais insignificante das amebas, se
tivesse um dom mínimo de raciocínio, perceberia que a mídia hegemônica , no
Brasil, praticamente fala sozinha, faz e desfaz verdades e assume, de modo tão
conveniente quanto oportunista , a postura de um verdadeiro partido político de
oposição. Não por acaso, ganhou em muitos sites da internet a sugestiva sigla
de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Não é um apelido destituído de razão ou
fruto , como se quer fazer crer, do sectarismo de esquerdistas, petistas, lulistas
, comunistas e outros rótulos usados para desqualificar os que criticam esse
panorama pouco ou nada democrático por onde circula a informação. Que
brasileiro desconhece , por exemplo,nas Organizações Globo, a fragrante e
permanente disposição de desqualificar os últimos Governos, para inviabilizar
os projetos de alcance popular que contrariam os interesses dos elitistas de
sempre? Basta acompanhar as pautas de seus jornais, emissoras de rádio e tevê,
para perceber a eleição constante, monocórdia, de temas destinados a
desestabilizar o Governo (este Governo atual, entenda-se, porque houve outros,
em outras épocas, que mereceram os entusiásticos apoios globais, como os da
ditadura e os do recente neoliberalismo).”
Artigo Completo, ::AQUI::
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