Éden Wiedmann, dono de agência de
publicidade voltada para redes sociais, teria sido o primeiro a
disparar na rede o boato de que o Enem seria cancelado – e quem mais
potencializou a falsa notícia; ele se diz responsável pela campanha
online do PSDB; ministro Aloizio Mercadante envia relatório de busca
para a Polícia Federal tomar providências; assessores do MEC chegaram
ao nome de Wiedmann após profunda investigação em razão de aumento
anormal de acessos no portal do Ministério
Uma equipe de assessores do Ministério da Educação chegou ao internauta
que é visto, neste momento, como o primeiro que jogou nas redes
sociais o boato – sem nenhuma veracidade – de que o Enem 2012 estaria
suspenso. Atende pelo nome de Éden Wiedmann e é dono de uma agência de
publicidade que se diz especializada em mídias online. Ao jornal O
Estado de S. Paulo, o personagem se disse responsável pela campanha
online do PSDB em São Paulo. O rastreamento foi feito em razão de ter
sido detectado um aumento anormal de consultas ao sítio do Ministério
da Educação na internet, provocado pela preocupação de estudantes com o
anunciado cancelamento da prova. O ministro Aloizio Mercadante
encaminhou, no início da noite de ontem (25), o relatório de
rastreamento para a Polícia Federal, que prossegue com investigações.
Wiedmann vai sendo visto como "quem potencializou, de forma criminosa e
com o objetivo claro de gerar insegurança nos estudantes" o boato de
cancelamento do Enem, de acordo com fonte do Ministério. Wiedmann postou
notícias de 2009 dos portais Terra e O Globo sobre a suspensão,
naquele ano, das provas, e aproveitou para atacar, em texto, o
candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad, do PT.
A decisão de encaminhar o relatório de acompanhamento das redes sociais e solicitar uma investigação da Polícia Federal partiu do ministro Mercadante com o objetivo preservar a segurança do exame. Wiedmann, que se denomina responsável pela mídia social do PSDB, por volta de 21 horas de ontem, em entrevista ao O Estado de S. Paulo, assumiu a autoria do boato e ainda ironizou a informação de que o MEC teria acionado a PF para providências.
Em seu blog na revista Veja, o jornalista Reinaldo Azevedo, notório opositor de Haddad, sugeriu que a própria campanha do PT teria plantado a informação falsa, com o objetivo de se beneficiar do desmentido. Os fatos o estão desmentindo.
A decisão de encaminhar o relatório de acompanhamento das redes sociais e solicitar uma investigação da Polícia Federal partiu do ministro Mercadante com o objetivo preservar a segurança do exame. Wiedmann, que se denomina responsável pela mídia social do PSDB, por volta de 21 horas de ontem, em entrevista ao O Estado de S. Paulo, assumiu a autoria do boato e ainda ironizou a informação de que o MEC teria acionado a PF para providências.
Em seu blog na revista Veja, o jornalista Reinaldo Azevedo, notório opositor de Haddad, sugeriu que a própria campanha do PT teria plantado a informação falsa, com o objetivo de se beneficiar do desmentido. Os fatos o estão desmentindo.
Reinaldo diz que Mercadante é um “moleque”
E insinua que o próprio PT pode ter
plantado o boato de cancelamento do Enem, que ocorre uma semana após as
eleições, para colocar a Polícia Federal na jogada, acusar José Serra
de baixaria e faturar eleitoralmente. Uma dúvida: com 20 pontos de
vantagem, Fernando Haddad precisaria disso?
Reinaldo Azevedo perdeu de vez as estribeiras. Num post publicado nesta
manhã, ele chama o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de
“moleque”. Literalmente. Tudo porque Mercadante pediu apoio da Polícia
Federal para investigar a origem da mentira que se viralizou na
internet sobre o cancelamento do Enem – uma informação falsa, que
prejudicaria milhões de estudantes. Reinaldo insinua ainda que a
mentira pode ter sido plantada pelo PT, para depois se beneficiar
eleitoralmente. Quem tem vinte pontos de vantagem (60% a 40% no
Datafolha) precisa disso?
Abaixo o post de Reinaldo:
Isso que vai no título aconteceu, leitor? Vamos ver.
Quando a própria presidente da República sobe num palanque, como fez em
Salvador, e, na prática, ameaça os eleitores, acaba dando sinal verde
para que seus ministros se comportem como chicaneiros. É o que fez
hoje, e não estou surpreso, o titular da Educação, Aloizio Mercadante.
Por quê?
Ontem, circulou um boato na rede segundo o qual o Enem, que acontece
nos dias 3 e 4 de novembro, seria adiado. Era tudo conversa mole, típica
dessas coisas que circulam nas redes sociais, sempre abertas a
molecagens. Quem não pode se comportar como moleque é ministro de
estado.
E Mercadante, infelizmente, é um deles. Lula nunca teve esta
irresponsabilidade ao menos: jamais levou o rapaz para o primeiro
escalão. Dada a boataria, o que fez Mercadante? Acusou a campanha do
candidato do PSDB à Prefeitura, José Serra, de ser a fonte: “O que resta
a eles hoje é a sabotagem”. Que evidência ele tem? Nenhuma! Que
apuração ele fez? Nenhuma? O título deste post, pois, é um exercício de
texto que simula o método Mercadante de apuração: eu apenas mudei o
agente — e tenho tantas provas quantas ele tem.
Ora, se existe alguém querendo lucrar com o saldo do boato, por que o
larápio seria Serra e não Haddad? Vamos pensar? Digamos que isso
pudesse passar pela cabeça de um tucano… O dia ideal para lançar o ruído
seria o próprio domingo, certo? Por que um troço como esse na quinta,
havendo ainda sexta, sábado e o próprio domingo para desfazer a
mentira?
É questão de lógica elementar. Se o boato teve origem política (notem bem: SE…),
isso só interessa a quem lucra com o desmentido. E quem está tentando
lucrar com o desmentido? A frase de Mercadante fala por si: é o PT!
Estou sustentando que foram os petistas? Estou sustentando que o
episódio interessa mais a Haddad do que a Serra. A estratégia não seria
estranha ao PT: vivem acusando os adversários de jogo sujo para
justificar o seu… jogo sujo!
Quanto a Mercadante, dizer o quê? Ele ao menos conhece de perto a
sabotagem. Em 2006, disputou o governo de São Paulo com Serra, que o
venceu no primeiro turno. Um assessor do agora ministro transportou uma
mala com R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo — petistas, como sabem os
mensaleiros, gostam de notas — para pagar o dossiê dos aloprados.
Vejam que coisa curiosa! Também naquele caso, o que se queria era
incriminar Serra. E o braço direito de Mercadante atuava nada menos com
caixa da operação criminosa.
Vejam lá a imagem. Tudo parece não ter passado mesmo de uma dessas
correntes meio bobocadas próprias das redes sociais. Está lá no alto uma
espécie de confissão. Isso só evidencia o tamanho da
irresponsabilidade de Aloizio Mercadante, um ministro de estado!!!
No 247
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