Leandro Fortes
Olha, sinceramente, sempre foi difícil acreditar que pessoas decentes
pudessem ainda votar em José Serra, mesmo depois daquela campanha de
2010.
A hipocrisia sobre a questão do aborto, a falsa adoção de religiosidade
e, principalmente, a fraude da bolinha de papel já seria mais do que
suficiente para deixar Serra como opção apenas de desequilibrados e
eleitores com desvio de caráter.
O anti-esquerdismo raivoso, simbolizado pelo anti-petismo, e o apoio até
então irrestrito dos oligopólios de mídia deram a Serra e, por
extensão, a seus eleitores uma salvaguarda ética artificial que, nessas
eleições, se mostrou insuficiente, afinal.
Ao usar as redes sociais para divulgar uma falsa notícia do cancelamento
do Enem, a campanha de José Serra cometeu um crime de lesa-pátria, um
atentado contra os estudantes e a juventude do Brasil. Uma crueldade
institucional que beira o terrorismo.
É esse homem, acometido de grave doença moral, que ainda pretende ser
protagonista da política brasileira. Um derrotado que, incrivelmente,
está sendo cotado para presidir o PSDB.
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