terça-feira, 26 de junho de 2012

Diante do julgamento inevitável, Demóstenes oferece a renúncia em troca da absolvição


Correio do Brasil / Abr

“Prestes a enfrentar o Plenário do Senado, que poderá cassar seu mandato, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) tentou, nesta terça-feira, uma última cartada para assegurar seus direitos políticos e, assim, ter a chance de se candidatar nas próximas eleições. Desde a noite passada, quando a Comissão de Ética definiu, por unânimes 15 votos a zero, o destino do aliado ao bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ele e emissários contactados têm disparado uma série de telefonemas para os principais articuladores da Casa, entre eles o presidente da Senado, José Sarney (PMDB-AP); o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), para oferecer sua renúncia, caso seja absolvido.

Demóstenes preferiu não assistir, pessoalmente, à sua derrocada no plenário do Conselho de Ética, noite passada, quando o senador Humberto Costa (PT-PE), em seu relatório de 79 páginas, pediu a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar. Costa disse que há provas “robustas” e manifestas” do envolvimento de Demóstenes com Cachoeira. Nos bastidores, Demóstenes tenta que a fórmula funcione junto aos seus interlocutores: ele tiraria licença do cargo por 120 dias – o que pode ser feito sem que o suplente venha a assumir o posto – e depois renunciaria ao mandato, desde que os senadores que têm lideranças sobre os colegas não trabalhassem pela cassação. Demóstenes, assim, garantiria a cada um deles que não tem mais condição de permanecer no Senado, desde que absolvido no Plenário, onde a votação é secreta. Desta forma, seus direitos políticos estariam assegurados e ele poderia renunciar.”
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