domingo, 21 de abril de 2013

Joaquim Barbosa no palanque de Aécio parece juiz de futebol apitar jogo duvidoso e ir na festa do vencedor

21 de abril de 2013 - Mesmo com o mensalão tucano parado, Joaquim Barbosa é o grande homenageado pelos tucanos que estão no governo mineiro.
Tem fotos que valem mais do que mil palavras, e estas aí dispensariam texto, deixando as conclusões para cada um tirar.

Oficialmente, o governador de Minas convidou o presidente do STF para ser o orador da festa do dia de Tiradentes, comemorada em Ouro Preto, e sentou-se ao lado do convidado um senador por Minas, Aécio Neves (PSDB-MG).

O problema é que, muito além de relações institucionais, aquilo é também um palanque político (todo mundo sabe disso), e o espectro da exploração política dos "mensalões" rondando todas estas fotos recomendaria o presidente do STF ficar longe deste palanque.

A situação é tão delicada, que outro senador por Minas, o aecista Clésio Andrade, não foi visto por ali porque é réu no mensalão tucano, foi ex-sócio de Marcos Valério, e foi vice-governador de Aécio Neves entre 2003 e 2006. Assim como no ex-governador e deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Isso sem falar nas investigações reclamadas pelo distinto público que rondam o próprio Aécio Neves.

Para dar um exemplo do quanto foi inconveniente esse palanque, um cidadão comum que vê essas fotos sente o mesmo que um torcedor atleticano se visse o juiz que apitou um jogo Atlético x Cruzeiro, ir confraternizar na festa cruzeirense, após o jogo vencido com um gol de pênalti duvidoso dado a favor do Cruzeiro, e de ter anulado um gol do Atlético.

Da mesma forma, um cidadão comum é levado a pensar que a homenagem dos tucanos mineiros ao presidente do STF significa comemorar a diferença de tratamento dada aos dois "mensalões": aos petistas, prazos sumários e condenações duvidosas. Aos tucanos, nem se vê no horizonte quando será o julgamento, apesar de haver só três réus (já que foi desmembrado), portanto a complexidade é muito menor e poderia ter tramitado muito mais rápido.

Na exploração política do evento, ganhou a esperteza de Aécio Neves, explorando a imagem de Joaquim Barbosa a seu favor. Já o presidente do STF, em termos de imagem, só sofreu desgastes políticos.

Sabe-se lá se é a famosa picada da mosca azul ou se é a esperteza dos tucanos mineiros que plantam notinhas na imprensa, mas depois desse ato, corre a notícia de que Barbosa seria vice de Aécio. O que o cidadão brasileiro vai pensar disso?

Um comentário:

Unknown disse...

No discurso, Joaquim Barbosa falou de exclusão social.
Mas vocês sabiam que esta festa feita todos os anos em Ouro Preto em Minas gerais, estado governado pelo PSDB, é proibida a participação do povo?
Depois o FHC fala que o PSDB precisa de um "banho de povo".