quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

CADÊ O AÉCIO QUE “TAVA” AQUI? VIROU UM MARCO MACIEL DA VIDA

Do e-mail enviado pela escritora Leila Brito, do Blog Chá.com Letras, que está em Meus Favoritos.

Postada no Clipping do Tato

Politicagens

CADÊ O AÉCIO QUE “TAVA” AQUI? VIROU UM MARCO MACIEL DA VIDA

Como diz um velho mestre: até o reino "mineiral" sabe que o da direita, fuma; o da esquerda, cheira; e o do centro, fede !

"Certeza: decida o que Serra decidir, o PSDB(osta) e os seus aliados sairão derrotados."

(Wanderley Guilherme dos Santos - Cientista Político da UFRJ)

CADÊ MINAS GERAIS? VIROU RECREIO DOS BANDEIRANTES SAQUEADORES

Por Laerte Braga

Há alguns anos atrás o jogador Júnior, notável lateral esquerdo do Flamengo, estava com sua equipe em excursão ao México e integrava o plantel rubro negro um atacante de nome Feu. Um jogador de qualidades técnicas limitadas, mas dedicado e acima de tudo um simplório, o que é comum no futebol.

Todas as manhãs Feu ligava para sua mãe no Brasil e fazia um relato dos acontecimentos da viagem, uma de suas primeiras ao exterior. Numa dessas manhãs Júnior chamou-o a um canto e “explicou”. “Feu, você está ouvindo é uma gravação com a voz de sua mãe. por causa do fuso horário você tem que confirmar mais tarde se ela recebeu a ligação”.

Dito e feito, passadas as horas ditas por Júnior, para o gáudio da turma, Feu ligou para o Brasil e perguntou à sua mãe se havia recebido e primeira ligação e que a que estava fazendo, confirmando, ia chegar algumas horas depois.

O jornal O ESTADO DE SÃO PAULO é para ser lido assim. O fuso horário histórico. A edição que chega hoje às bancas foi impressa em 1887, um ano antes da abolição. Percorre uma espécie de túnel do tempo. Porta voz das oligarquias rurais, escravocrata, tem como patrono D. Pedro II e ainda olha com desconfiança a princesa Izabel, herdeira do trono. É que Sua Alteza Real é casada com o conde D’Eu, francês de nascimento, além de ter inclinações abolicionistas.

No solar da família Mesquita, que edita o chamado ESTADÃO, ainda se olha de soslaio aquele negócio de comer escargot. Seria algo assim como uma perigosa infiltração culinária européia, capaz de contaminar a sociedade brasileira com princípios não liberais, mas à mania que se atribui aos franceses do ménage a trois. No ESTADÃO ainda não conhecem o BBB (da Goebels, da Goebels) e o nome do conde é meio esquisito.

No máximo “as pedras pisadas do cais”, dentre as pegadas, as de polacas importadas pela Casa Lili.

O jornal em questão num exercício de futurologia resolveu contratar Júlio Verne para tentar interpretar e prever o Brasil do século XXI. Segundo as conclusões do respeitável escritor, autor de “Vinte Léguas Submarinas”, “Viagem a Lua”, “Viagem ao Centro da Terra” e outros, no ano da graça de 2010 um descendente direto de Drácula vai disputar a presidência da República e quer incorporar um Neves da antiga capital mineira, São João D’el Rey, à sua chapa.

Registre-se que para a publicação da palavra república houve um longo debate na redação do jornal e só depois de ficar acertado que tal palavra não era um palavrão e isso seria explicado para não confundir ou ofender a família FIESP/DASLU é que a matéria escrita por Verne saiu.

Nas previsões de Júlio Verne o vampiro José Collor Serra, governador da província de Chuiça vai tentar montar na garupa do governador da província de Minas Geraes, Aécio Neves (mesmo depois de ter chamado Aécio de drogado) para vencer as eleições e impedir que a “malta”, a “súcia” continue no poder. Verne em suas elucubrações futuristas, deixou o pessoal do ESTADO em estado de choque ao dizer que o Brasil é governado por um operário e o povo gosta, confere-lhe elevados índices de popularidade, provocando profundo mal estar em D. Fernando Henrique Caridoso (Caridoso somente para "banqueiros brilhantes"), doutor em todas as coisas, principalmente bandidagem, cinismo, corrupção, etc., o mestre de Serra.

Por isso consultaram o barão Boris Casoy, especialista em “que merda, logo garis, a última categoria da sociedade na escala de serviço!

Foi autorizada a divulgação da frase patriótica do barão Casoy e dita autorização chegou num édito com selo e assinatura a pena de ganso, tudo com direito a mata borrão para evitar dúvidas e suscitar suspeitas de falsificação. É bom esclarecer que o brasão do barão Casoy tem as letras CCC e o lema “mate um comunista por dia e limpe o país”.

Segundo o jornal a dúvida de Aécio é se Serra tem força suficiente para vencer as eleições (palavras que causam arrepio no jornalão dos Mesquitas (ou seria Mesquinhos ?) ainda mais que o jornalão não sabe que o voto secreto já foi adotado e o voto feminino é uma realidade), ou se o vampiro é blefe. Tudo indica, afirma Júlio Verne, que Aécio vai esperar mais um pouco para saber se vale a pena ou não ir morar no Jaburu, no caso de uma improvável vitória eleitoral (há dúvidas sobre se o navio de Serra consegue sair de São Paulo, ou encalha em alguma obra do alcaide Gilberto NunKassab).

Verne descobriu em sua bola de cristal que, no futuro, no ano de graça de 2010, até jovens a partir de dezesseis anos podem votar, mas resolveu não contar aos Mesquitas para evitar infartos, crises histéricas, provocando uma corrida às pharmacias da rede Granado em busca de sais.

E acha que só se Aécio for bobo. Tipo caipira, como paulistas costumam chamar os nativos da província de Minas Geraes.

Aécio que segue conselhos de sua irmã Andréa e de seu pai Aécio Cunha, além de cultivar espertezas adquiridas de seu avô Tancredo, está sendo advertido, apareceu tudo na bola de cristal de Júlio Verne, que se aceitar deixar o paulista montar em sua garupa vai virar um Marco Maciel da vida.

Político pernambucano, dono de engenhos e muitos escravos, capaz de engolir qualquer sapo, cobra, perereca, o que for necessário, para ascender a planos superiores, não importa como, mas só isso.

Sempre a postos, alerta para um passo à frente, mesmo que isso signifique um passo atrás no caráter, na honra, virtudes das quais nunca ouviu falar. Acostumou-se a chicotear os escravos e a deixar-se montar pelos senhores. Por oito anos habitou o palácio Jaburu sem que ninguém percebesse, tamanha a sua insignificância. Não chega a ser um Chalaça, que pelo contrário era percebido em cada movimento da corte, longe disso, mas uma espécie de múmia na qual se encerram a canalhice e a corrupção do seu partido, o DEMO. O DEMO, que na verdade é DEMocradura, é especialista em propina e em orações de gratidão pelo dinheiro roubado ao povo. O partido do vampiro Serrágio não é todo de ateus.

Ao término de seu trabalho para O ESTADO DE SÃO PAULO e antes de retornar a Paris, Júlio Verne foi recebido pelos Mesquitas no amplo salão da residência da família, saudado pelo barão do Tucano Amarelo e teve seu nome proposto para correspondente da Academia Brasileira de Letras junto a Academia Francesa.

Ao deixar a residência dos nobres FIESP/DASLU, Verne foi profético:

“Cadê o Aécio que estava aqui? Virou um Marco Maciel da vida. Cadê Minas Gerais? Virou recreio de bandeirantes saqueadores”

A propósito, convidado a navegar pelas avenidas da capital da província de São Paulo, Julio Verne polidamente recusou. É que soube que a nau de Serrágio é aquela que naufragou antes de sair do porto nos festejos da independência do Brasil, no período de D. Fernando Henrique Caridoso. Ficou pesada. É que custou o dobro do preço tamanho o número de grumetes e superiores a mamar nas tetas do poder público, regra geral e absoluta no governo daquele respeitável doutor de tudo.

Sem falar no preço cobrado pela Goebels para qualquer coisa, até espirro de rainha da bateria.

Laerte Braga - Escritor, jornalista e cineasta

Postado por Tato de Macedo no Clipping do Tato em 2/09/2010 09:36:00 AM

Tato de Macedo
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