É DE LASCAR, MAS ANA MARIA BRAGA CISMOU QUE É A ENCARNAÇÃO DA OFÉLIA – POBRE OFÉLIA
Laerte Braga
Deve existir alguma razão especial, além de audiência (que nem é tanta assim, já se cogitou de suspender o programa) para a GLOBO manter no ar a senhora Ana Maria Braga. A matrona em epígrafe, a Miriam Leitão do entretenimento, tanto poderia parar naquelas antigas seções de quadrinhos dos bons tempos dos velhos jornais, o “acredite se quiser”, ou ir cantar noutra freguesia, tamanho o volume de mancadas ao longo de sua trajetória televisiva.
Nem pensar em programa de humor, não confundir humor com essas besteiras que Ana Maria Braga fala.
Ao entrevistar o jogador Petkovic em seu programa, a veneranda senhora deu uma breve explicação sobre a Sérvia, país de origem do jogador. Discorreu sobre o que era a Iugoslávia, a divisão em vários países após a morte do marechal Tito e o fim da União Soviética (tudo isso é cantado pelo diretor do programa, ou no teleprompter, onde ela lê, se depender de memorizar vai tropeçar, embolar os fios todos, fica pior que aquele filme do submarino cor de rosa com Tony Curtis e Cary Grant.
E disparou a pergunta, bem ao estilo global, naquela de vender a ideologia capitalista, objetivo maior da REDE, falo da GLOBO, confiante na resposta do jogador. Veio em forma de batata quente. Dona Ana Maria Braga quis saber como foi nascer num “país com tantas dificuldades”.
Petkovic respondeu que àquela época não havia dificuldade alguma, as pessoas todas tinham empregos, salários, comiam, era o regime socialista. As dificuldades começaram depois do fim do socialismo.
Corta, muda de assunto.
Ofélia era só uma Vera Loyola pré concebida pelo humor, antes da Barra da Tijuca, Miami brasileira. Tinha graça, charme. Nem Ana e nem a moça das padarias que levava a cachorrinha para o cabeleireiro de helicóptero para evitar que a pobre coitada se estressasse no trânsito, tinham ou têm graça e charme.
Imagino o que deva estar sendo preparado para em programas seguintes anular o impacto da resposta de Petkovic. Em se tratando de GLOBO a histeria anti socialista, anti comunista beira às raias da paranóia e mistura-se ao puxa-saquismo contumaz de buana Obama, buana Obama, Chávez é o demônio.
É possível até que numa reunião de cúpula a família Marinho decida por uma edição especial qualquer mostrando que Petkovic está errado. Ou, o jogador corre sério risco de vir a ser riscado do mapa e crucificado pelos comentaristas globais nos próximos jogos do Flamengo.
O IBOPE já deve ter feito pesquisa para saber quantas “donas de casa” foram afetadas pelas afirmações do jogador e qual o impacto dessas afirmações sobre seus cérebros. Se de repente começaram a pensar, a atrever-se a pensar, ou pior, mudar de canal (tudo igual), pior ainda, desligar a tevê, ou se ainda dá tempo de salvar o que consideram “ser desprezível”, objeto a ser manipulado, ainda mais num ano eleitoral.
Quer ver a mancada da moça (opa!).
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=124417
Dá uma olhada na cara de tacho que a dita cuja ficou diante da resposta do jogador. Era para ser uma coisa e foi outra. Fora do script.
A REDE GLOBO é o ponto alto da campanha José Collor Arruda Serra. Já estava tudo pronto para “vote num careca leve dois” e agora, além das trapalhadas do segundo careca, vem um jogador de futebol e sérvio, dizer que no socialismo não existiam dificuldades, que as dificuldades começaram no capitalismo.
Putz! A grana que os norte-americanos gastaram para montar o novo modelo na antiga Iugoslávia, rendeu até guerra. O número de mortos, os crimes cometidos por arianos saudáveis violentando mulheres muçulmanas, que valeram a irresponsabilidade criminosa de João Paulo II pedindo que não abortassem, ou não tivessem o direito de abortar, filhos oriundos desses estupros. Tudo isso e Petkovic, no templo do capitalismo vem e diz que no socialismo não existiam dificuldades!
Imagine um programa só com Dona Ana Maria Braga, Dona Miriam Leitão (vacinada evidente, do contrário a turma corre sério risco e mesmo assim...) e Dona Lúcia Hipólito (longe de garrafas, ou não não sai a com a), as três sob o comando de Alexandre Garcia.
Pedro Bial faz o contraponto, mas desde que o governador Requião não apareça para meter-lhe o dedo em riste à altura do nariz e transformá-lo em anão com o epíteto “mentiroso”.
Não ia ser num estúdio, mas numa jaula.
Primeiro entrevistado, o ator Carlos Vereza falando sobre o “fascismo” e defendendo a entrega da faixa presidencial a José Collor Arruda Serra ou Aécio Pirlimpimpim Neves. Música de Cazuza (que não tem culpa nenhuma disso) e Reginaldo Faria, na abertura e no encerramento, dentro do avião, dando aquela banana que nem na novela...
“Brasil! Mostra a tua cara...”
Cara de plim plim.
Quem sabe para facilitar nos próximos programas ela não leva a dupla SERRA/KASSAB. Vão falar sobre obras para conter os efeitos das chuvas, amigos empreiteiros, o careca do Arruda e mostrar como se faz do Brasil uma grande pizza a lá FHC. Até a muzzarella é superfaturada.
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