quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Enquanto Serra, do PSDB, tira meleca, o povo morre afogado nas ruas de São Paulo

Também do Blog Brasil, mostra a tua cara.


MULHER MORRE AFOGADA DENTRO DO CARRO EM SÃO PAULO

Uma mulher de 51 anos morreu afogada dentro do carro em uma alça de acesso da Rodovia Washington Luís em Rio Claro, a 174 km da capital paulista, durante um temporal na madrugada desta quinta-feira. A Defesa Civil de São Paulo registrava até a última quarta-feira 77 mortes provocadas pela chuva desde dezembro passado. Vinte e uma pessoas morreram em enchentes ou enxurradas. Outras nove foram atingidas por raios e 45 morreram soterradas em deslizamentos de terra ou desabamentos de imóveis.

Lourdes Aparecida Sartori, de 51 anos, saiu da Rodovia Washington Luís e encontrou a alça de acesso para a cidade, pela Avenida Tancredo Neves, alagada. O córrego Servidões, próximo ao local, havia transbordado. Com a força da água, o veículo foi arrastado e acabou totalmente submerso, preso à estrutura metálica lateral da rodovia. Populares tentaram ajudar Lourdes, mas não conseguiram por causa da força da correnteza. O Corpo de Bombeiros precisou usar barco para retirar o corpo da mulher do carro.

Na capital paulista, choveu durante toda a madrugada e a cidade voltou a ficar em estado de atenção, das 3h30m a 5h45m. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrava 10 pontos de alagamento no começo da manhã. O Ribeirão dos Meninos, em São Bernardo do Campo, transbordou. A maioria dos alagamentos foi registrado na Marginal Pinheiros. A temperatura caiu. A temperatura máxima, que passou de 33 graus nos últimos dias, não deve passar de 24 graus nesta quinta.

O volume de chuva também foi grande na Baixada Santista, litoral do estado. A cidade de Santos amanheceu com diversos pontos alagados. A Ecovias bloqueou o acesso da pista marginal da Via Anchieta para central, na altura do Km 59, próximo ao Casqueiro, no sentido Litoral.

- A água aqui está no joelho. Perdemos tudo, estamos sem energia. Não tem como fazer nada e nem trabalhar porque o ônibus não consegue passar na avenida - desabafava a bordadeira Juliana Delemole, que mora na Rua Caramuru, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente.

Juliana conta que outros moradores enfrentam o mesmo problema na manhã desta quinta-feira. Em uma das casas, há pessoas que foram para o andar de cima, pois a água tomou conta do andar térreo do imóvel.

No Guarujá, casas também foram alagadas.

- Eu não tenho mais casa para morar. A água está na minha cintura. Perdi tudo - conta Miriam de Cássia Pinheiro de Moreira, moradora na Rua Porto Rico.

Segundo Miriam, a situação se agravou por volta das 2h desta quinta-feira, quando ela e sua família tiveram que se refugiar na casa da vizinha que mora no andar de cima.

- Não consegui salvar nada, só deu tempo de pedir ajuda para minha vizinha e subir com a roupa do corpo - disse.

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