Por 41 votos contra 1, o diretório do PSDB do Paraná decidiu ontem que seu pré-candidato ao governo estadual é o prefeito de Curitiba, Beto Richa. E irritou profundamente o senador Álvaro Dias, que pleiteava a vaga.
“O projeto nacional foi ignorado, tratado com desdém”, reagiu o senador.
O que Dias chama de projeto nacional é a candidatura presidencial de José Serra (PSDB). Na avaliação do senador, a decisão do diretório estadual “arma o palanque dos adversários” fortalecendo as candidaturas presidenciais de Dilma Rousseff (PT) e de Ciro Gomes (PSB).
Ciro será beneficiado porque a saída de Beto Richa do governo, em abril, transferirá a Prefeitura da capital ao comando do vice-prefeito, Luciano Ducci, filiado ao PSB. Já a candidatura Dilma será duplamente favorecida, na opinião do senador. Em primeiro lugar, porque a escolha tucana anula a hipótese de conquistar apoio do PMDB do governador Roberto Requião, inimigo de Richa; e, em segundo lugar, porque mantém a candidatura do senador pedetista Osmar Dias, irmão de Álvaro, que o PT pretende apoiar. Álvaro apostava que, se o PSDB optasse por sua candidatura, Osmar desistiria de concorrer ao governo estadual.
“Ele foi jogado nos braços da Dilma Rousseff. O palanque do PT fica fortalecido e, obviamente, se perde a oportunidade de ter o PMDB, oferecendo outro palanque para a Dilma”, observou Álvaro Dias referindo-se à decisão peemedebista de ter candidato próprio, o vice-governador Orlando Pessuti.
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