Rodrigo de Almeida, iG Rio de Janeiro
Os consumidores de Brasil, China, Rússia e Índia, e não dos EUA, vão se transformar no motor da recuperação da economia mundial. A projeção é de Jim O’Neill, economista-chefe do banco Goldman Sachs e criador da célebre sigla BRIC – as iniciais dos quatro países que se podem se tornar as novas potências mundiais. Segundo o economista, os norte-americanos estão perdendo a condição de motor da economia global. O’Neill participa nesta segunda e terça de um seminário no Rio de Janeiro que discute a integração dos BRICs.
O economista também afirmou que o Brasil tem, entre os quatro países, as melhores condições de garantir um crescimento sustentável no longo prazo. Conforme ele havia antecipado ao iG, o Goldman Sachs projeta um ranking no qual avalia 13 variáveis importantes para esse crescimento sustentável: o Brasil aparece como o melhor dos BRICs, com nota 5,3, numa escala que varia de zero a dez. A seguir vem China (com 5,2), Rússia (com 5,1) e Índia (com 4).
“Se o mundo voltar a ter a prosperidade de dois anos atrás, o consumidor dos BRICs terá que ser esse motor”, afirmou O’Neill, que participou de uma mesa ao lado do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, do embaixador Marcos Azambuja e do economista russo Sergei Aleksashenko, da Higher School of Economics de Moscou.
Na lista de variáveis apresentadas pelo economista-chefe do Goldman Sachs, o Brasil vai bem em quesitos como inflação, dívida externa e educação. Entre as piores notas estão regulação, corrupção e estabilidade política. O’Neill voltou a criticar o que considera presença excessiva do governo na economia.
Crescimento
O’Neill afirmou que o Goldman Sachs vai rever a previsão de crescimento da economia brasileira para 2010 – sairá do patamar atual, de 5,8%, para 6,4%. O aviso da nova projeção foi dado na sexta-feira pelo chefe do banco no Brasil, Paulo Leme. O’Neill disse que ganhou mais uma aposta com Leme, uma vez que vê condições de o País crescer próximo a 7% este ano. “Ele já me deve três jantares”, brincou. O banco projeta ainda um crescimento de 4,5% para a Rússia, de 8,2% para a Índia e de 11,4% para a China.
Para O’Neill, o mundo tem hoje dois pilares: os EUA e os países dos BRIC. Dos quatro porém, a China é a economia que apresenta os números mais fortes. Segundo ele, os chineses desempenharão o principal papel para compensar a perda de capacidade da economia dos EUA, provocada pelos dois anos de crise.
O economista classificou de “fenômeno” o crescimento chinês das últimas décadas, mas mostrou dúvidas se esse ritmo é sustentável. “Não sei se esse PIB seria sustentável sem elevar a inflação”, afirmou O’Neill, para quem o governo da China provavelmente precisará reduzir o ritmo de expansão.
Centro de Estudos e Pesquisa
O seminário sobre os BRICs é uma prévia do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o assunto, que promete realizar intercâmbios culturais, debates, workshops e publicações. A gestão do centro será do Instituto de Relações Internacionais (IRI), da PUC-Rio, que fará parcerias com universidades estrangeiras.
“Queremos transformar o Rio numa referência de pesquisa sobre os países dos BRICs”, disse o prefeito Eduardo Paes, na abertura do seminário
Os consumidores de Brasil, China, Rússia e Índia, e não dos EUA, vão se transformar no motor da recuperação da economia mundial. A projeção é de Jim O’Neill, economista-chefe do banco Goldman Sachs e criador da célebre sigla BRIC – as iniciais dos quatro países que se podem se tornar as novas potências mundiais. Segundo o economista, os norte-americanos estão perdendo a condição de motor da economia global. O’Neill participa nesta segunda e terça de um seminário no Rio de Janeiro que discute a integração dos BRICs.
O economista também afirmou que o Brasil tem, entre os quatro países, as melhores condições de garantir um crescimento sustentável no longo prazo. Conforme ele havia antecipado ao iG, o Goldman Sachs projeta um ranking no qual avalia 13 variáveis importantes para esse crescimento sustentável: o Brasil aparece como o melhor dos BRICs, com nota 5,3, numa escala que varia de zero a dez. A seguir vem China (com 5,2), Rússia (com 5,1) e Índia (com 4).
“Se o mundo voltar a ter a prosperidade de dois anos atrás, o consumidor dos BRICs terá que ser esse motor”, afirmou O’Neill, que participou de uma mesa ao lado do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, do embaixador Marcos Azambuja e do economista russo Sergei Aleksashenko, da Higher School of Economics de Moscou.
Na lista de variáveis apresentadas pelo economista-chefe do Goldman Sachs, o Brasil vai bem em quesitos como inflação, dívida externa e educação. Entre as piores notas estão regulação, corrupção e estabilidade política. O’Neill voltou a criticar o que considera presença excessiva do governo na economia.
Crescimento
O’Neill afirmou que o Goldman Sachs vai rever a previsão de crescimento da economia brasileira para 2010 – sairá do patamar atual, de 5,8%, para 6,4%. O aviso da nova projeção foi dado na sexta-feira pelo chefe do banco no Brasil, Paulo Leme. O’Neill disse que ganhou mais uma aposta com Leme, uma vez que vê condições de o País crescer próximo a 7% este ano. “Ele já me deve três jantares”, brincou. O banco projeta ainda um crescimento de 4,5% para a Rússia, de 8,2% para a Índia e de 11,4% para a China.
Para O’Neill, o mundo tem hoje dois pilares: os EUA e os países dos BRIC. Dos quatro porém, a China é a economia que apresenta os números mais fortes. Segundo ele, os chineses desempenharão o principal papel para compensar a perda de capacidade da economia dos EUA, provocada pelos dois anos de crise.
O economista classificou de “fenômeno” o crescimento chinês das últimas décadas, mas mostrou dúvidas se esse ritmo é sustentável. “Não sei se esse PIB seria sustentável sem elevar a inflação”, afirmou O’Neill, para quem o governo da China provavelmente precisará reduzir o ritmo de expansão.
Centro de Estudos e Pesquisa
O seminário sobre os BRICs é uma prévia do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o assunto, que promete realizar intercâmbios culturais, debates, workshops e publicações. A gestão do centro será do Instituto de Relações Internacionais (IRI), da PUC-Rio, que fará parcerias com universidades estrangeiras.
“Queremos transformar o Rio numa referência de pesquisa sobre os países dos BRICs”, disse o prefeito Eduardo Paes, na abertura do seminário
Nenhum comentário:
Postar um comentário