sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Psicópata político

Do Blog do Favre.

O título acima é da coluna de Merval Pereira, do jornal O Globo.

Uma leitora do blog me recomendou o vídeo reproduzido a seguir, achei por bem citar um parágrafo da coluna do Merval, pois falando do personagem governador do DF, ele destaca seu desvio de conduta, já presente em 2001, com o escândalo da violação do painel do senado.

Vale sinalizar, o que Merval não faz, que o PSDB e o PPS faziam parte do esquema do poder de Arruda, o único governador do DEM.

Cogitado para ser vice na chapa de José Serra, este último não pode ser responsabilizado por nada saber do esquema de corrupção de Arruda.

O próprio DEM, atingido diretamente pelo escândalo não pode ser coletivamente condenado pelos devios do seu governador. Pode se dizer que o discurso udenista e irresponsável do DEM fica a nu na sua hipocrisia, mas isso não faz de seus dirigentes, eleitos e filiados uma quadrilha organizada para roubar o dinheiro público.

É curioso que o jornalista da Globo não só ignore a participação tucana no governo Arruda, como o próprio mensalão tucano, originado em Minas, é deixado de lado.

Atribuir o sistema da caixa 2 a psicopatia -não que ela esteja ausente- evita tratar da questão de fundo. Juntar enriquecimento pessoal, caixa 2 e contribuições chamadas “ocultas” aos candidatos, via partidos, obscurece ainda mais o debate.

Sem reforma política e fundamentalmente sem financiamento público de campanha, com teto de gastos, o sistema continuará reproduzindo essa mistura e dificultará o combate a corrupção. LF

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Bom dia Favre, veja o video da composição Serra/Arruda

http://www.youtube.com/watch?v=wIXSSkvs06c

um abraço

Amélia

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(…) “No seu pedido de afastamento do cargo, ainda ontem, diante da prisão decretada, Arruda ainda insistia na fantasia de que é ele a vítima de uma armação política de adversários e que estava limpando a administração pública.

Essa distorção da personalidade já havia surgido em 2001, no escândalo da violação do painel eletrônico do Senado Federal. Arruda negou, depois admitiu a culpa, chorou, atribuiu sua atitude à arrogância do sentimento do poder absoluto e prometeu se emendar.

Apresentou suas desculpas quase que pessoalmente aos eleitores do Distrito Federal e voltou consagrado ao poder.

Jogou fora uma carreira política que poderia ter sido exitosa, pois tinha as qualidades do bom administrador, neutralizadas pelo desvio de personalidade e pela ganância financeira desmedida.

A maneira mafiosa com que governava foi revelada pelos filmes que seu secretário Durval Barbosa gravou clandestinamente, provas da corrupção generalizada e da certeza da impunidade.

As imagens quase pornográficas mostraram para todo o país a disseminação da bandalheira em seu desgoverno, mas sobretudo a apodrecida política partidária brasileira.

O desmonte do esquema respingou diretamente no seu partido, o DEM, que, apesar de tê-lo forçado a deixar a legenda, não teve força para expulsá-lo, tamanhas eram as influências de seu poder político.

Ao ponto de até ontem filiados do DEM ainda participarem do governo do Distrito Federal.” (…)

Coluna de Merval Pereira, jornal O Globo

Postado por Luis Favre
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