Bilhete (carinhoso) para Dilma
Querida Dilma, desculpe a intimidade. Por enquanto acho meio difícil chamá-la de senhora, pois sou um adolescente mais velho do que você.Como um velho assessor de palpite (aspite) que sou, queria te dar um. A seu favor, é claro. Você sabe da importância real do tal de marketing, hoje, numa campanha eleitoral. Queira ou não queira, o candidato é um produto. Soa terrível, não é? Mas, não dá pra escapar desta dura realidade. Então, como todo o produto, ele tem que ter uma boa imagem para o fim a que se destina.Embora você tenha estado bastante na mídia, o eleitor brasileiro ainda não descobriu a sua cara. Ela ainda não é um logotipo. E vou lhe dizer uma coisa, Dilma, o eleitor vai levar um certo susto com um pequeno detalhe de seu semblante. Vai dizer: a Dilma tem sobrancelhas de vilão de história-em-quadrinhos. É que elas não te ajudam. Esses dois acentos circunflexos que você tem sobre os olhos informam um personagem que, eu tenho certeza, você não é. Você pode ser durona – e isto é até bom – mas não pode ter cara de capeta. Elas, as suas sobrancelhas, vão ser boas para os caricaturistas, mas para a candidata, não vão ser, não.É fácil o maquiador da campanha dar um jeito nelas, arredondá-las um pouco, transformar os acentos circunflexos, puxadas para cima, numa curvinha suave.É só isto. Você tem coisas que vão te ajudar: uma boca bonita, uma bela gargalhada e um sorriso doce (ainda que não seja, exatamente, uma mulher que passe doçura pra gente; esse detalhe, porém, não tem importância e isto a gente não muda nunca).Desculpe a intromissão, mas eu acompanho vocês desde o começo, acho que não custa nada ajudar. Não resisto à tentação de palpitar... Bom, espero que meu bilhete chegue até você ou aos seus campanheiros. Um abraço, Dilma, e boa sorte. Ziraldo.
Site do ZIRALDO: http://www.ziraldo.com.br/
Querida Dilma, desculpe a intimidade. Por enquanto acho meio difícil chamá-la de senhora, pois sou um adolescente mais velho do que você.Como um velho assessor de palpite (aspite) que sou, queria te dar um. A seu favor, é claro. Você sabe da importância real do tal de marketing, hoje, numa campanha eleitoral. Queira ou não queira, o candidato é um produto. Soa terrível, não é? Mas, não dá pra escapar desta dura realidade. Então, como todo o produto, ele tem que ter uma boa imagem para o fim a que se destina.Embora você tenha estado bastante na mídia, o eleitor brasileiro ainda não descobriu a sua cara. Ela ainda não é um logotipo. E vou lhe dizer uma coisa, Dilma, o eleitor vai levar um certo susto com um pequeno detalhe de seu semblante. Vai dizer: a Dilma tem sobrancelhas de vilão de história-em-quadrinhos. É que elas não te ajudam. Esses dois acentos circunflexos que você tem sobre os olhos informam um personagem que, eu tenho certeza, você não é. Você pode ser durona – e isto é até bom – mas não pode ter cara de capeta. Elas, as suas sobrancelhas, vão ser boas para os caricaturistas, mas para a candidata, não vão ser, não.É fácil o maquiador da campanha dar um jeito nelas, arredondá-las um pouco, transformar os acentos circunflexos, puxadas para cima, numa curvinha suave.É só isto. Você tem coisas que vão te ajudar: uma boca bonita, uma bela gargalhada e um sorriso doce (ainda que não seja, exatamente, uma mulher que passe doçura pra gente; esse detalhe, porém, não tem importância e isto a gente não muda nunca).Desculpe a intromissão, mas eu acompanho vocês desde o começo, acho que não custa nada ajudar. Não resisto à tentação de palpitar... Bom, espero que meu bilhete chegue até você ou aos seus campanheiros. Um abraço, Dilma, e boa sorte. Ziraldo.
Site do ZIRALDO: http://www.ziraldo.com.br/
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