A Leilane Neubarth entrevistou em 9/9/2011, um jornalista norte-americano que até agora não sabe por que os EUA são odiados em todo o mundo (ele acha que foi depois de 11/9), e os jornalistas da Globo News também não devem saber, porque não lhe disseram. Afinal, nem o Bush sabia, n’é?
Ora, que vão catar coquinhos... Essa é que é a “verdade” apregoada pela Dona Leilane? É esse o "jornalismo-verdade" a que ela se refere?
Então nenhum jornalista da Rede Globo sabe que os EUA promoveram golpes em toda a América Latina, para impor aos países ditaduras sanguinárias, apenas para que pudessem manter seu domínio sobre eles? No caso específico do Brasil, com o apoio do jornal O Globo, por sinal!
Estou fazendo uma pesquisa sobre as intromissões dos EUA no mundo, porque é óbvio, não se intrometeram só na América Latina, e quando terminar, vou mandar para vocês graciosamente, junto com uma carta de autorização de publicação sem ônus, mas tenho a certeza ABSOLUTA que não publicarão... A única forma de eu ganhar dinheiro com isso seria, se vocês topassem fazer comigo uma aposta, mas aí, eu que não sou boba, não nasci ontem e que conheço as malandragens das “ilhas de edição”, só reconhecerei a minha derrota se for publicado ipsis litteris, de cabo a rabo, tudo que tiver lá escrito... Hahaha du-vi-d-o-dó, carne seca, mocotó...
Aliás, eu deixei de ter raiva de americano, e passei a ter pena. Eles são as maiores vítimas do imperialismo norte-americano, salvo meia dúzia de multimilionários, que não podem ser chamados de humanos e nem mesmo de animais, porque animal algum comete crimes de destruição em massa, apenas por “dinheiro”. Não consegui ainda descobrir o adjetivo correto para eles... Quem sabe, um dia...
Mandem os jornalistas globais lerem 3 cartas escritas ao Bush quando ele resolveu buscar as “armas de destruição em massa” no Iraque: a do escritor Mia Couto, do bispo católico Robert Bowan e do escritor brasileiro Paulo Coelho. Da próxima vez, não cometerão essa “vergonhosa barriga!”.
E não são coisas do passado distante não: na 1ª década deste século, só pelas bandas de cá, derrubaram o Zelaya em 2009 e tentaram derrubar o Hugo Chávez em 2002, sabiam? E não foi nenhum chavista fanático que me contou não, mas jornalistas irlandeses. O filme é narrado em inglês e se chama “The Revoluction Will not be Televised”. Aproveito, a bem da verdade, para aconselhar que o comparem com as matérias que vocês colocaram no ar na ocasião. Há de ser um bom exercício democrático.
Realmente a GloboNews está fazendo uma cobertura monumental a respeito do 11/9, mas, em nenhum momento, falaram de um 3º prédio que também caiu, apesar de não ter sido atingido por avião algum: a torre 15. Desse jeito, o “jornalismo verdade” vira “jornalismo mal informado”, para dizer o mínimo!
Finalmente, gostaria de informar aos “verdadeiros” jornalistas Globais, que existe outra versão para os episódios de 11/9. Não é defendida por nenhum vidente, como o tal do Juscelino, a quem vocês deram tanto espaço no passado (2006), mas associações de engenheiros, parentes de vítimas, inúmeros jornalistas, cientistas, bombeiros, técnicos, cineastas, que até hoje ainda não conseguiram engolir o relatório oficial dessa tragédia. A internet está cheia de vídeos e diversos livros foram publicados. Ainda que não acreditem, o bom jornalismo manda dar voz a TODOS os “lados” de um fato e não apenas ao “lado” que a Rede Globo quer que acreditemos.
E para responder o que eu fazia no 11/9, o que me levou a lhes escrever, sinceramente, eu sou exceção ao jargão que vocês lançaram no ar, de que TODOS se lembram do que faziam. Não me lembro nem em que parte do dia tomei conhecimento, se alguém me falou ou se li ou vi na TV. Lembro que tive muita pena das vítimas e de seus familiares (eu jamais iria para a rua comemorar uma morte, como fizeram com a de Osama bin Laden), mas que aquele ataque era mais uma “crônica de uma morte anunciada”.
Depois de tudo que o imperialismo norte-americano fez mundo afora, e pior, continua fazendo. Um dia, o troco viria. E virá mais. E isso explica a minha pena do povo norteamericano, porque eles acabam pagando a conta do que fazem os verdadeiros donos do seu país. Money, it's a crime (Dinheiro é um crime, da música Money, de David Gilmore, do grupo de rock progressivo britânico Pink Floyd).
Sonia Montenegro
Carta enviada pela autora a Globo News e revisada (links, abreviações e o título) pela redecastorphoto
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