Como se sabe, os neolibelês (*) e a
Urubologia estão pendurados na quimera estatística do crescimento zero
do PIB, no terceiro trimestre.
É do conhecimento do mundo mineral – diria o sábio Mino Carta, especialista em elite de São Paulo – que a economia brasileira vai crescer este ano três por cento e alguma coisa e, ano que vem, mais.
E dentro os países do BRIC, o Brasil foi o que, ao crescer, melhor distribuiu a renda.
Foi o que disse Jim O’Neill, o economista do Goldman Sachs que cunhou o acrônimo.
Aliás, amigo navegante, deposite esses neolibelês numa cesta de Natal e mande entregar ao lixeiro da sua rua.
Acabou de sair o último boletim do Goldman Sachs, o 11/39, de 7 de dezembro.
Sabe-se que o pessoal do Goldman vai fazer um edição encadernada em ouro e mandar entregar na casa da Urubóloga.
O título é ” The BRICs 10 years on: halfway through the Great Transformation”.
(Coitado do FHC !)
É mais ou menos assim.
Dez
anos atrás, o Jim O’Neill disse que em 2050, Brasil, Rússia, Índia e
China seriam uma força econômica maior do que a soma do G-7.
Hoje, um pouco antes de 2050, os BRICs já percorreram metade do caminho.
O Brasil, por exemplo, passará de sétima a quarta economia do mundo, atrás da China, Índia e EUA.
Logo atrás, a Rússia.
(Percebe-se, por aí, que o pensamento neolibelês (*) não será mais a estrela guia das políticas econômicas.
Será o correpondente, hoje, ao Criacionismo, que tem, no Brasil, uma solitária seguidora, a Bláblárina.)
Este estudo do Goldman diz ainda:
-
os BRICs e os N-11 (as próximas 11 economias emergentes, como
Indonésia, México, Turquia) continuarão a aumentar sua participação no
PIB do mundo e no comércio.
- na última decada, os BRICs foram responsáveis por metade do crescimento da economia mundial.
- incluídos todos os emergentes, eles foram responsáveis por 70% do crescimento do mundo.
-
o Goldman recomenda aos clientes investidores que desçam abaixo da
superfície para encontrar as melhores oportunidades de ganhar dinheiro.
No
caso dos investidores interessados em ganhar (muito) dinheiro no
Brasil, o próximo boletim do Goldman poderia adicionar uma nota de pé de
página:
E não leia, ouça ou veja a Miriam Leitão.
Paulo Henrique Amorim
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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