O ministro Edison Lobão não é, propriamente, uma fera.
Quando ele diz hoje que, se não cumprir com a reparações devidas ao
país pelo vazamento de óleo no campo do Frade, no Rio de Janeiro, a petroleira americana “será expulsa do Brasil” é porque já sabe que a batata da Chevron já assou.
Não é preciso ser nenhum clarividente para perceber isso.
Porque há dez dias Lobão falava que “o vazamento não era tão grave assim”.
A esta altura, a ANP e o Governo brasileiro já sabem o que causou o
vazamento, até porque o que a empresa fez está em total desacordo com o
que se comprometeu a fazer durante a perfuração dos poços.
Houve, é verdade, uma pressão inesperada, maior do que a prevista, em formações que a empresa julgava que não a produziriam.
E que, por isso, a encorajou a eliminar etapas técnicas na perfuração.
Etapas que faziam parte de seu plano de perfuração, registrado e aprovado, e que foi descumprido.
E por economia.
A punição exemplar que a Chevron receberá é o maior plano antipoluição que a indústria do petróleo poderia receber.
Quebrou o contrato, ao fraudar seus planos de exploração e
aproveitar-se da escuridão abissal do mar para enganar o governo
brasileiro.
E servirá como exemplo desencorajador para outros, que o desejem fazer acreditando que aqui tudo acaba em samba.
Não haverá reação internacional, porque, como já afirmei, não é uma medida ideológica.
É o castigo a uma empresa fraudadora e poluidora.
Por mais que a mídia brasileira se omita, a verdade virá à tona e,
como ocorreu com a mancha de óleo, será impossível escondê-la.
Quando Edison Lobão fala deste jeito, não pode haver mais dúvida do que está para acontecer.
Do Blog TIJOLAÇO.COM
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