Tucano defende CPI da Privataria: "É nosso dever investigar"
Marchezan Jr |
Os deputados Nelson
Marchezan Júnior (PSDB-RS), Antônio Imbassahy (PSDB-BA) e Fernando
Francischini (PSDB-PR) surpreenderam o tucanato ao assinarem aCPI da
Privataria, proposta por Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) para investigar
supostos esquemas de desvio de dinheiro durante o governo do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Imbassahy |
O burburinho é fruto da publicação do livro "A privataria tucana",
que acusa o ex-governador de São Paulo, José Serra, de integrar um
intrincado esquema de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais.
Delegado por delegado
Francischini |
Francischini
esclareceu à coluna que não tem embaraço algum de apoiar a CPI, apesar
de também pertencer ao PSDB. "Eu sou delegado, assim como o Protógenes, e
me sinto mais como um delegado dentro da Câmara do que um político. Me
sinto na obrigação de assinar qualquer CPI. Acho que tudo deve ser
investigado e, se as denúncias forem verdadeiras, os culpados devem ser
punidos. Se provarem tudo o que estão falando, vou ser o primeiro a
pedir punição. Ao mesmo tempo, se elas forem falsas, os responsáveis
pelo livro terão que pagar", observou o tucano dissidente.
Tucanos atrás do livro
Se
você correu atrás do livro de Amaury Ribeiro e não o encontrou, não se
sinta um desprivilegiado. Os próprios parlamentares estão com
dificuldades para comprá-lo. "Ainda não consegui pegar o livro, mas vou
comprá-lo com certeza. No entanto, pelo que já me disseram, tem tanto
documento que é mais um dossiê do que um livro", conta Francischini.
Bicada amiga
Aloysio Nunes |
No Senado, Aloysio
Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) se bicaram de leve.
Nunes discursava contra as denúncias do livro quando Aécio pediu um
aparte, o que lhe daria o direito de fazer uma observação a respeito do
que o colega tucano falava. Surpreendentemente, Nunes negou o aparte a
Aécio. Para quem ainda não leu, "A privataria tucana" aponta um racha no
PSDB e relata uma operação de José Serra para espionar Aécio Neves
antes das eleições de 2010.
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