Investigado pela Procuradoria-Geral da República em função das suspeitas
de envolvimento criminoso com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, o
senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse ontem que “está morto”
politicamente, mas que não vai renunciar nem se licenciar do cargo.
A interlocutores que estiveram com o senador do DEM ontem em seu
gabinete, o senador alegou que houve um vazamento intencional das
investigações, para atingi-lo, desviando as atenções e poupando outros
políticos. Ontem, o PSOL protocolou no Conselho de Ética uma
representação contra Demóstenes por quebra de decoro parlamentar — o que
pode acarretar na cassação de seu mandato. Demóstenes ainda pode ser
expulso de sua sigla.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao STF (Supremo
Tribunal Federal), nesta quarta-feira, a abertura de inquérito para
investigar Demóstenes. Demóstenes admite que recebeu de Cachoeira um
telefone especial para conversas entre os dois. A investigação policial
gravou cerca de 300 diálogos entre o senador e o empresário de jogos num
período de oito meses.
O democrata também ganhou de Cachoeira um fogão e uma geladeira,
presentes que, segundo Demóstenes, foram dados por um amigo quando de
seu casamento, ano passado.
No Sul21
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