Novo ministro do Trabalho lembra o avô Brizola e critica “receituário neoliberal”
Brizola Neto disse que Estado precisa se modernizar, mas exaltou seu papel da defesa do emprego
Do R7
O ministro do Trabalho, Brizola Neto, assumiu o cargo nesta
quinta-feira (3) com um discurso ideológico (?), no qual defendeu o
papel do Estado brasileiro na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Em sua fala, que durou cerca de dez minutos, Brizola condenou “o
receituário neoliberal”, que segundo ele classifica a ação dos governos
como um “anacronismo” e prega a predominância do mercado financeiro, que
“sozinho seria suficiente para resolver tudo”. Segundo ele, essa lógica
é defendida por quem quer que o Brasil “retroceda em seu processo de
transformação”.
Ele ressaltou, porém, que seu objetivo não é atacar a “liberdade
empresarial”, mas trabalhar para que o Estado continue a defender os
direitos adquiridos pelos trabalhadores ante as mudanças ocorridas no
mundo profissional.
— Não se quer dizer que as relações [de trabalho] não devam ser
modernizadas, sobretudo no momento em que o mundo experimenta uma
transformação tecnológica em uma velocidade inédita. Necessitamos que a
presença do Estado nessas funções reguladoras se agilizem, se atualizem,
se simplifiquem. As empresas mais modernas são aquelas que entendem os
trabalhadores como a parte mais importante de seu capital.
O ministro, que tem 33 anos e é o mais jovem membro do primeiro escalão
do governo, ainda lembrou o avô, o ex-governador Leonel Brizola, momento
em que foi muito aplaudido pela presidente Dilma Rousseff e pela
plateia que acompanhava sua posse, realizada no Palácio do Planalto,
sede do governo.
— O sobrenome que possuo integra a linhagem de brasileiros ilustres que inclui Vargas, Goulart e a figura querida e saudosa do meu avô, Leonel Brizola.
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