“Presidente se emociona ao instalar grupo para
apurar crimes na ditadura. Segundo ela, não há 'desejo de reescrever a história
de forma diferente'.
Priscilla Mendes e Nathalia Passarinho, G1
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta
quarta (16), em solenidade no Palácio do Planalto, que a instalação da Comissão
da Verdade não é motivada por "ódio", "revanchismo" ou
"desejo de reescrever a história".
Acompanhada dos ex-presidentes da República
Luiz Inácio
Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney, Dilma deu
posse aos sete membros escolhidos por ela para compor a comissão, que irá
apurar as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, período
que inclui a ditadura militar.
"Ao instalar a Comissão da Verdade, não
nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma
forma diferente do que aconteceu", afirmou a presidente em discurso. "Nos
move a necessidade imperiosa de conhecê-la [a verdade] em sua plenitude, sem
ocultamento", declarou.
No discurso, a presidente se emocionou - e,
em seguida, foi aplaudida de pé - ao se referir a vítimas de violência durante
o regime militar. Militante política de esquerda, a presidente foi torturada no
combate à ditadura.
"O Brasil merece a verdade, as novas
gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que
perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de
novo e sempre a cada dia", afirmou, antes de, emocionada, interromper o
discurso.
Em sua fala, Dilma fez referência ao
deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), presidente da Câmara morto há 20 anos, segundo
o qual "a verdade não morre por ter sido escondida".
Foto: Abr
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