Carta Capital faz Veja e Globo queimarem a língua. |
O delegado, que conduziu a Operação Monte Carlo, confirmou que o jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal de Brasília da revista, tinha conhecimento da relação entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres, conforme conta Cynara Menezes na Carta Capital.
O depoimento desmente a revista, quando disse ter sido enganada pelo senador.
A revista o retratou como bastião da moral este tempo todo. Em uma edição mostrou-o como “mosqueteiro da ética”, mesmo já sabendo que fazia parte da bancada de Cachoeira.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), integrante da CPI concedeu entrevista ao Viomundo, e relatou o que ouviu. Eis o trecho da entrevista sobre o tema:
Viomundo – Em relação a jornalistas e veículos, quais os delegados citou?
Paulo Teixeira – Ele mencionou um jornalista do Correio Braziliense e o Policarpo Jr., da Veja.
No caso da Veja, o delegado mostrou que o Policarpo sabia da relação do Cachoeira com o Demóstenes. Foram sete anos de relação entre o Policarpo e o esquema do Carlinhos Cachoeira. Uma coisa muito preocupante é que essa relação não era apenas de fonte, passou a ser uma relação digamos assim de cumplicidade.
A Veja, via Policarpo, conseguia as informações que lhes interessava, que eram obtidas através de espionagem política… Ao mesmo tempo, a Veja dava à organização o que ela pedia. Por exemplo, a organização estava com dificuldades no Dnit, porque ali os interesses da Delta estavam sendo contrariados. A revista então fez a matéria que derrubou o ministro dos Transportes e o superintendente do Dnit.
Viomundo – Uma relação de mão dupla?
Paulo Teixeira – Isso mesmo. O Policarpo obtinha informações da organização que eram fruto de espionagem política. Em contrapartida, a Veja dava notícias que interessavam à organização criminosa.
O Policarpo, é bom que se diga, sabia da natureza e da atividade desse grupo criminoso. Tanto que, em 2005, ele foi depor numa Comissão de Ética sobre o caso do deputado André Luiz. Nessa Comissão de Ética, ele disse que o deputado André Luiz tinha tentado extorquir o Cachoeira. O Policarpo apresentou inclusive gravações, o que demonstra que, de longa data, ele conhecia a atividade que o Cachoeira tinha. Foi um casamento de longa duração que só acaba agora, espero eu, com a elucidação desses fatos.
Viomundo – O delegado mencionou o número de telefonemas entre o esquema do Cachoeira e Policarpo?
Paulo Teixeira – Disse que foram 42 na Operação Monte Carlo.
Viomundo – E somando os telefonemas da Monte Carlo com os da Vegas?
Paulo Teixeira – Eu não tenho esse número.
Viomundo – O Policarpo vai ser chamado a depor na CPI?
Paulo Teixeira – Na minha opinião, ele extrapolou a sua atividade profissional. Ele ficou muito além do que é permitido. E nós temos de fazer a defesa do sistema democrático. Ele impõe limites ao político, ao empresário e ao jornalista. Liberdade de imprensa não é liberdade de prática criminosa. Liberdade de imprensa é uma luta pela liberdade e não pela prática do ilícito.
Viomundo – Em relação a jornalistas e veículos, quais os delegados citou?
Paulo Teixeira – Ele mencionou um jornalista do Correio Braziliense e o Policarpo Jr., da Veja.
No caso da Veja, o delegado mostrou que o Policarpo sabia da relação do Cachoeira com o Demóstenes. Foram sete anos de relação entre o Policarpo e o esquema do Carlinhos Cachoeira. Uma coisa muito preocupante é que essa relação não era apenas de fonte, passou a ser uma relação digamos assim de cumplicidade.
A Veja, via Policarpo, conseguia as informações que lhes interessava, que eram obtidas através de espionagem política… Ao mesmo tempo, a Veja dava à organização o que ela pedia. Por exemplo, a organização estava com dificuldades no Dnit, porque ali os interesses da Delta estavam sendo contrariados. A revista então fez a matéria que derrubou o ministro dos Transportes e o superintendente do Dnit.
Viomundo – Uma relação de mão dupla?
Paulo Teixeira – Isso mesmo. O Policarpo obtinha informações da organização que eram fruto de espionagem política. Em contrapartida, a Veja dava notícias que interessavam à organização criminosa.
O Policarpo, é bom que se diga, sabia da natureza e da atividade desse grupo criminoso. Tanto que, em 2005, ele foi depor numa Comissão de Ética sobre o caso do deputado André Luiz. Nessa Comissão de Ética, ele disse que o deputado André Luiz tinha tentado extorquir o Cachoeira. O Policarpo apresentou inclusive gravações, o que demonstra que, de longa data, ele conhecia a atividade que o Cachoeira tinha. Foi um casamento de longa duração que só acaba agora, espero eu, com a elucidação desses fatos.
Viomundo – O delegado mencionou o número de telefonemas entre o esquema do Cachoeira e Policarpo?
Paulo Teixeira – Disse que foram 42 na Operação Monte Carlo.
Viomundo – E somando os telefonemas da Monte Carlo com os da Vegas?
Paulo Teixeira – Eu não tenho esse número.
Viomundo – O Policarpo vai ser chamado a depor na CPI?
Paulo Teixeira – Na minha opinião, ele extrapolou a sua atividade profissional. Ele ficou muito além do que é permitido. E nós temos de fazer a defesa do sistema democrático. Ele impõe limites ao político, ao empresário e ao jornalista. Liberdade de imprensa não é liberdade de prática criminosa. Liberdade de imprensa é uma luta pela liberdade e não pela prática do ilícito.
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