Saiu na primeira página do Valor:
“Poupança muda e juro real cai a 2,45%, o menor desde o Plano Real”
“A mudança derrubou ainda mais
os juros futuros, que passaram a apontar uma taxa Selic de 8% a 8,25%
para o ano. A taxa real de juros – de 360 dias, descontada a inflação
projetada em 12 meses, de 5,53% – atingiu nova mínima histórica, aos
2,45% ao ano.”
Que horror !
Essa Dilma …
Diz Claudia Safatle, também no Valor:
( …)
De pouco adianta cortar a taxa
básica, porém, se os bancos continuam salgando os juros ao tomador de
crédito, sob o argumento do aumento da inadimplência. Dilma virou as
baterias contra as margens cobradas pelo sistema bancário – os spreads,
calculados pela diferença entre as taxas de captação e as de aplicação
dos bancos.
Além dos discursos, o governo
lançou mão da Caixa e do Banco do Brasil para forçar a concorrência.
Ambas as instituições reduziram as taxas de juros praticadas nas
diversas linhas de crédito, numa iniciativa para “persuadir” os bancos
privados a seguirem igual caminho ou perderem mercado. Tal ação pode
ajudar, mas é insuficiente.
Nos anos 90, o governo abriu o
mercado financeiro brasileiro para os bancos internacionais, na
tentativa de criar um regime concorrencial. Não teve sucesso. As poucas
casas estrangeiras de varejo que vieram para o Brasil logo aprenderam a
lógica do funcionamento local.
Os cinco maiores bancos que
operam no país hoje – BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander – detém 65%
dos ativos totais do sistema financeiro, 67% do saldo total das
operações de crédito e 76% dos depósitos.
Há um oligopólio no setor.
Oligopólios não se constrangem muito com discursos oficiais. Mas podem
responder a regras mais severas de regulação.
Ainda na primeira página, diz o Valor:
“ … a medida ainda mantém a pressão sobre os fundos de investimentos que cobram altas taxas de administração… 40% dos fundos DI e de renda fixa distribuídos no varejo vão continuar perdendo poupança. Com juro de hoje – 9% ao ano – praticamente metade dessas carteiras já rendem menos que a caderneta.”
“O governo preservou a
atratividade dos fundos com taxa de administração de até 0,75% para
aplicações em seis meses e taxas de até 1% para investimentos a partir
de um ano … São nessas carteiras mais baratas estão cerca de 80% do
patrimônio dos fundos DI e de renda fixa.”
Ou seja, os fundos de investimentos vão ter que cortar na carne.
A Globo e o Estadão comportaram-se com moderação.
A mudança da Dilma foi tão bem feita que não deu tempo nem espaço para o PiG (*) disseminar o pânico.
A exceção é a Folha (**), que é o que é, porque o dono é o que é.
Na primeira página, assusta: “Dilma corta ganho da poupança”.
Até a Urubóloga foi sensata.
Embora, no Bom (?) Dia Brasil, se tenha engasgado, quando o Chico
Pinheiro perguntou o que aconteceria se a inflação voltasse a subir.
Ora, se subir, a Selic sobe para mais de 8,5% …)
Foi sensata, porque ela sabe que a Dilma ganhou a guerra.
Os juros vão cair – já caíram – e os bancos privados vão ter que trabalhar mais.(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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