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CPI recebe explicações de Gurgel
Procurador-geral da República responde por escrito as cinco perguntas formuladas pela comissão
O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ontem ao
Congresso um ofício no qual responde as cinco perguntas formuladas pela
CPI do Cachoeira. As declarações chegaram ao Congresso às 20h de ontem,
no último dia do prazo que os parlamentares concederam para que Gurgel
se manifestasse. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),
assegurou que o documento será lido, hoje pela manhã, durante sessão da
CPI.
Inicialmente, a CPI cogitou convocá-lo para que prestasse esclarecimentos sobre o fato de não ter pedido a abertura de inquérito contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em 2009, quando recebeu as informações da Operação Vegas. No entanto, diante das negativas de Gurgel, que destacou estar impedido legalmente de comparecer à comissão por ser o titular da investigação, a CPI optou por interrogar o procurador-geral por escrito.
Gurgel afirmou ontem que não citou em suas respostas o fato relatado pela subprocuradora-geral Claudia Sampaio de que teria partido da Polícia Federal a sugestão de suspender as investigações da Operação Vegas. “Não havia nenhuma pergunta que focasse esse aspecto. Por isso, esse aspecto não é mencionado”, disse em entrevista. Ele, porém, assumiu a responsabilidade pela decisão de não investigar Demóstenes em 2009. O procurador-geral alerta no documento que, naquela ocasião, os fatos “não adentravam a seara penal, situando-se, ainda, no campo ético”.
As respostas foram enviadas em 24 tópicos distribuídos em sete páginas. De acordo com Gurgel, as diligências solicitadas no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal não têm relação com a Operação Vegas, mas apenas com as investigações da Monte Carlo. Para ele, a estratégia da PGR de não abrir o inquérito há três anos se mostrou bem-sucedida. “Se assim não tivesse agido a Procuradoria-Geral da República, não se teria desvendado o grande esquema criminoso protagonizado por Carlos Cachoeira, compreendendo não somente a exploração de jogos de azar, mas também fraudes em licitação, corrupção de servidores, lavagem de dinheiro, entre outros delitos de acentuada gravidade”, frisou no ofício.
Diego Abreu
João Vasconcelos
João Vasconcelos
No ofício enviado ao Congresso, Gurgel considera bem-sucedida a decisão de não abrir inquérito em 2009 |
Inicialmente, a CPI cogitou convocá-lo para que prestasse esclarecimentos sobre o fato de não ter pedido a abertura de inquérito contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em 2009, quando recebeu as informações da Operação Vegas. No entanto, diante das negativas de Gurgel, que destacou estar impedido legalmente de comparecer à comissão por ser o titular da investigação, a CPI optou por interrogar o procurador-geral por escrito.
Gurgel afirmou ontem que não citou em suas respostas o fato relatado pela subprocuradora-geral Claudia Sampaio de que teria partido da Polícia Federal a sugestão de suspender as investigações da Operação Vegas. “Não havia nenhuma pergunta que focasse esse aspecto. Por isso, esse aspecto não é mencionado”, disse em entrevista. Ele, porém, assumiu a responsabilidade pela decisão de não investigar Demóstenes em 2009. O procurador-geral alerta no documento que, naquela ocasião, os fatos “não adentravam a seara penal, situando-se, ainda, no campo ético”.
As respostas foram enviadas em 24 tópicos distribuídos em sete páginas. De acordo com Gurgel, as diligências solicitadas no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal não têm relação com a Operação Vegas, mas apenas com as investigações da Monte Carlo. Para ele, a estratégia da PGR de não abrir o inquérito há três anos se mostrou bem-sucedida. “Se assim não tivesse agido a Procuradoria-Geral da República, não se teria desvendado o grande esquema criminoso protagonizado por Carlos Cachoeira, compreendendo não somente a exploração de jogos de azar, mas também fraudes em licitação, corrupção de servidores, lavagem de dinheiro, entre outros delitos de acentuada gravidade”, frisou no ofício.
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