Era o dia 22 de fevereiro de 2005. Durante o processo de cassação do então deputado André Luiz, o jornalista da Veja prestou depoimento no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado, que era acusado, em reportagem assinada pelo próprio Policarpo, de tentar extorquir o então “empresário do jogo” Carlos Cachoeira.
A possibilidade da convocação de representantes da revista Veja
para depor na CPI do Cachoeira tem esbarrado, entre outras coisas, no
argumento de que o jornalista tem, por ofício, de manter o sigilo. Mas
isso não impediu o hoje diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Júnior,
de depor em favor de Carlinhos Cachoeira naquele verão de 2005, durante
audiência do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Na época, a
Câmara avaliava a cassação do deputado André Luiz (então do PMDB-RJ),
acusado de extorquir Cachoeira durante a CPI da Loterj, da Assembleia
Legislativa do Rio de janeiro. Em reportagem publicada pela Veja e assinada pelo então repórter Policarpo Júnior,
André Luiz – que acabaria cassado – é acusado de pedir R$ 4 milhões a
Cachoeira para excluir seu nome do relatório final da CPI.
A
revelação da tentativa de extorsão levou à abertura do processo de
cassação de André Luiz, conduzido pelo Conselho de Ética da Câmara, no
qual Policarpo depôs contra o deputado e, portanto, em favor de
Cachoeira – o bicheiro, coincidentemente, acabou se livrando dos efeitos
da CPI, que havia pedido sua prisão, mas acabou desmoralizada com a
revelação da tentativa de extorsão.
O vídeo abaixo é uma reportagem da TV Câmara sobre a audiência do Conselho de Ética. Nela, está registrado que: “O
jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, que também prestou
depoimento nesta terça-feira, confirmou que existem outras gravações que
desmentem a versão do deputado André Luiz”, e que, portanto, favoreceram Cachoeira
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