Autoridades policiais não conseguiram deter o meliante que atentou
contra a vida do deputado. Segundo as investigações, não é possível - em
conformidade com a legislação penal brasileira - levar o delinquente às
barras dos tribunais, se encontrado o dito-cujo for.
Isso se deve a um detalhe fortuito: o autor do atentado se refugia no próprio coração de Freire.
Isso se deve a um detalhe fortuito: o autor do atentado se refugia no próprio coração de Freire.
O responsável pelas diligências informou que o marginal que pôs em risco a vida do parlamentar do PPS atende pelo vulgo de ÓDIO GRATUITO NO CORAÇÃO ou, ainda, FAZ POLÍTICA COM O FÍGADO.
[O editor-geral do Terra Brasilis se arrepende até hoje de ter
votado, a partir década de 80, nesse que é hoje uma figura desmoralizada
da política brasileira. Como pernambucano, sinto vergonha. Marco
Maciel, defendendo de forma clara seu campo político, é mais digno do
que Roberto Freire. Vôte!]
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Roberto Freire, vítima de seu próprio ódio
Mais um membro da oposição levou um tombo. Dessa vez, porém, não foi na
Cachoeira, mas no Twitter. Roberto Freire, presidente do PPS, levou a
sério uma piada do site G17, que acusava Dilma de mandar substituir a
inscrição Deus seja Louvado por Lula seja Louvado nas cédulas de 50
reais. O caso virou febre no Twitter por motivos óbvios. Não é todo dia
que se flagra um político cometendo um erro tão idiota. O caso de
Freire tem um agravante: não é um erro inocente, mas motivado por uma
maneira de fazer política ancorada no ódio, no preconceito, num
fanatismo partidário às avessas (um antipetismo doente).
Essa cultura do ódio definitivamente não é democrática e não faz bem à
saúde das pessoas. O ódio de Freire causa cegueira ideológica e, como
se vê, bloqueia a inteligência. Em suas desculpas, Freire expõe, para
quem quiser ver, a origem de sua imbecilidade política:
Ao dizer que “tudo pode ser verdade”, Freire apenas revela que não
possui senso crítico. Qualquer informação ou denúncia que seja negativa
para o campo político adversário, ele a tomará como verdade. Alguém que
analise seu twitter, ficará horrorizado em ver que ele gasta grande
parte de seu tempo destilando rancor na internet. Obviamente, recebe o
troco. Militantes políticos rebatem, e o deputado então passa o dia
inteiro envolvido no esporte de xingar seus detratores.
Apesar do pano de fundo dessa história ser uma piada, há um lado sério. Freire promove a generalização burra do “lulodilmismo”. Ele não faz um debate político qualificado. Restringe-se a pintar uma caricatura grosseira de seu inimigo. Acabou por fazer uma caricatura de si mesmo, e se tornar motivo de chacota. Bem feito.
Não deveríamos perder tempo com Freire, um político decadente. Ele habita um melancólico limbo político. Seu partido tornou-se uma legenda esquizoide, um emaranhado ideológico incompreensível, cujo única razão de ser é o antipetismo hidrófobo e (para ser delicado) pouco esclarecido de seu presidente. Dante Alighieri escreveu sobre esse tipo de gente, cuja mediocridade os mantêm junto aos portões do inferno, sem sequer ter a dignidade de habitar algum dos círculos internos. Virgílio, guia do poeta-peregrino nos rincões do mal, assim explica a condição deles:
“Questi no hanno speranza de morte
e la lor cieca vita è tanto bassa
che ‘nvidiosi son d’ogni sorte.Fama de loro il monde esser non lassa:
misericordia e giustizia li sdegna:
non ragionam di lor, ma guarda e passa”
Estes não têm esperança de morte,
sua vida cega foi tão baixa
que tem inveja de todo outro destino.O mundo não lhes guarda o nome,
misericórdia e justiça os desprezam:não repare neles, olha e passa.
(Tradução literal minha).
Miguel do Rosário
Fonte: O Cafezinho
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