O ex-governador de Brasília, José Roberto Arruda, que chegou a ser preso
após o estouro do escândalo do mensalão do DEM, disse à revista Veja
que ACM Neto recebeu dinheiro do esquema de corrupção liderado por ele
para a campanha de 2008.
Arruda disse ainda que o esquema beneficiou outros aliados políticos do
DEM, mas em relação a Neto, foi taxativo: “Também obtive doações para a
candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador”, disse Arruda.
Arruda foi apontado pela Polícia Federal como líder de uma organização
criminosa que desviava recursos públicos por meio de empresas
contratadas por seu governo. Ele também disse a Veja que por ser o único
governador do DEM no Brasil, conseguia recursos para candidatos em todo
o País. Na operação, intitulada Caixa de Pandora, foram apreendidos R$
700 mil em dinheiro, US$ 30 mil, 5.000 euros, computadores, mídias e
documentos.
ACM Neto nega a ‘ajuda’ do correligionário, dizendo que suas contas de
2008 foram aprovadas na Justiça Eleitoral, mas os recursos da quadrilha
liderada por Arruda não foram contabilizados, configurando-se como o
conhecido ‘Caixa2’.
Velhos amigos
José Roberto Arruda sempre foi muito
próximo da família Magalhães. Foi ele que participou junto com o avô de
Neto, Antônio Carlos Magalhães, do escândalo da quebra de sigilo do
painel do senado, na votação secreta que cassou o senador Luiz Estevão,
há 11 anos. Mesmo diante das denúncias, o DEM de ACM Neto preservou
Arruda no partido e cogitou em indicá-lo a vice-presidente da chapa de
José Serra, na eleição presidencial em 2010. Somente em agosto deste
ano, Arruda foi condenado pela Justiça Federal pela violação do painel
do Senado.
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