“Tudo começou com uma entrevista às páginas
amarelas de Veja, em que o pastor dizia que o Brasil não é homofóbico. Depois,
o ataque em vídeo a Fernando Haddad pelo kit-gay e a tabelinha nas redes
sociais com o "sensacional" Reinaldo Azevedo. Agora, no iPad do
próprio candidato tucano, a prova definitiva: um recado da assessoria com a
mensagem de que Malafaia não se incomodaria com o distanciamento de Serra, que
finge não ter nada a ver com a baixaria
Brasil 247 / SP
Acaba de ser desmascarada uma operação
política rasteira, que revela os métodos de ação do tucano José Serra. Uma foto que mostra a tela do iPad do próprio candidato contém
uma mensagem de sua assessoria, informando que o pastor Silas Malafaia não
ficaria incomodado se Serra tentasse se desvincular do vídeo em que o
evangélico ataca duramente Fernando Haddad pelo chamado kit-gay.
Logo depois da divulgação do vídeo, Haddad
afirmou que Serra recorreria "às trevas" para vencer a eleição em São Paulo, enquanto
o tucano afirmou que Malafaia apenas ofereceu seu apoio e ele aceitou.
Do vídeo, que repercutiu mal até entre tucanos, Serra tentou se
distanciar, mas a mensagem mostra o contrário. Serra e Malafaia fazem parte da
mesma operação política.
Uma operação que começou a ser desenhada há
vários meses. Em junho deste ano, Malafaia concedeu uma entrevista às páginas
amarelas de Veja em que, com ar de bom moço, dizia: "O Brasil não é
homofóbico". Nela, afirmava apenas ser contra os "ativistas
gays", que tentam impor sua agenda à sociedade.
À época, a entrevista foi repercutida por
Reinaldo Azevedo, ponta de lança da campanha serrista, assim como o vídeo desta
semana. Ontem, no Twitter, Malafaia elogiou o "brilhante" Azevedo.
Enquanto isso, Serra fingia não ter qualquer vínculo com a baixaria, por mais
óbvia que fosse a conexão. Afinal, quando se juntam Veja, Malafaia e Reinaldo,
a única certeza é: Serra estava presente.”
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