As pesquisas continuam e demostram que a perda de popularidade dos
governos é generalizada - federal, estaduais e municipais -, o que não
consola, mas explica e comprova a exaustão do modelo político e da forma
de fazer politica. É o que mais salta à vista nos levantamentos
divulgados no sábado, no domingo e hoje pelo Datafolha.
Estiveram sempre certos, e estão, o PT e aqueles que nos últimos anos
lutaram pela reforma política-eleitoral, pelo fim do dinheiro privado
das empresas nas eleições, nas campanhas, pelo fim do voto uninominal,
das coligações proporcionais, dos suplentes de senadores, pela cláusula
de desempenho e pela fidelidade partidária - as duas últimas
inviabilizadas pela maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Da mesma forma, sempre estiveram certos ao lutar por uma distribuição do
fundo partidário e do tempo de propaganda no rádio e TV , por sempre
maior consulta e participação popular, e pelo recall dos eleitos.
Abre-se no país um novo período político
Não há como negar que ninguém se beneficiou pela queda do governo e da
presidenta Dilma Rousseff nas pesquisas. Nem mesmo a ex-senadora Marina
Silva (que funda o seu partido, Rede Sustentabilidade para concorrer à
Presidência em 2014), já que nas pesquisas anterior o próprio Instituto
Datafolha comprovava que retirando Marina da disputa Dilma era a
principal beneficiada e vice-versa.
Abre-se, assim, no país um novo período político que exige disputa
política e presença nas ruas, nas redes e na mídia. E ações de governo
em resposta às demandas das ruas e dos diferentes setores que se
manifestaram. As propostas apresentadas pela presidenta Dilma Rousseff
devem ser apoiadas, mas é preciso mudar o governo, a comunicação e a
relação com a sociedade como um todo, começando pelos movimentos sociais
e entidades e pelo Congresso Nacional.
É necessário rever as prioridades e se concentrar nas obras que estão em
execução. E avançar reforma tributária e na solução de questões vitais
para os Estados e municípios, reformular os fundos de participação dos
Estados e municípios (FPE e FPM), dos royalties do petróleo e minérios,
na renegociação da dívida interna. Precisamos mudar alíquotas e forma de
cobrança do ICMS e dos pagamentos de precatórios, para que possamos
investir nos serviços públicos e na melhoria infraestrutura urbana,
começando pelos transportes e saneamento.
A hora não comporta acovardar-se ou esconder-se
Por isso, insisto, cabe as lideranças do PT, seus governadores,
senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores, seus
dirigentes e militantes, ganhar nas ruas, sair em defesa do governo e
disputar nas redes sociais e nos meios de comunicação. A hora não
comporta se acovardar ou se esconder. Muito menos ceder ao populismo que
expõe ao ridículo aqueles que semanas atrás defendiam o hoje renegado.
Vamos atender já as demandas das ruas, o que exige não transigir com
nosso compromisso democrático e muito menos com o que construímos no
últimos dez anos ou com nossa historia partidária e de luta. Nada de
duas táticas.
Postado há 9 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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