247 - A implosão do império X, do empresário Eike Batista, pode sobrar até para o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan. Neste sábado, investidores que participam do fórum de debates do site Infomoney, o principal portal de finanças do País, falavam em processar Malan e a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie. O motivo: ambos eram conselheiros da companhia de petróleo OGX e estavam lá quando Eike prometeu capitalizar a empresa em US$ 1 bilhão, se houvesse necessidade de caixa – o que, hoje, é evidente.
O instrumento financeiro para essa capitalização é conhecido no mercado financeiro como "put", em que Eike se obrigava a aportar os recursos na companhia comprando ações como se elas estivessem avaliadas em R$ 6,30. Hoje, elas estão em R$ 0,50 e podem cair ainda mais se Eike se negar a cumprir o que prometeu.
Diante desse impasse, no início deste mês de julho, tanto Malan quanto Ellen Gracie, que foi levada à OGX pelo ex-namorado Roberto D'Ávila, autor do livro "O X da questão", renunciaram aos cargos. Mas investidores que participavam dos debates no Infomoney discutiam estratégias para que ambos fossem também atingidos pelos processos. Até porque eram conselheiros quando a empresa divulgava mentiras aos seus investidores – e, como conselheiros, emprestaram credibilidade à PUT.
Abaixo, o fato relevante da OGX, em que Eike prometia aportar US$ 1 bilhão na companhia:
OGX PETRÓLEO E GÁS PARTICIPAÇÕES S.A.
CNPJ/MF: 07.957.093/0001-96
Companhia Aberta - BOVESPA: OGXP3
– EIKE BATISTA CONCEDE "PUT" DE US$1,0 BILHÃO EM FAVOR DA OGX –
Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2012 - A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. (“Companhia” ou “OGX”) (Bovespa: OGXP3; OTC: OGXPY.PK), empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil, comunica ao mercado que tendo em vista as várias oportunidades de negócios no setor de óleo e gás, seu acionista controlador Eike Batista, outorgou à Companhia o direito de exigir que subscreva novas ações ordinárias de emissão da Companhia, ao preço de exercício de R$6,30 por ação, até o limite máximo do valor equivalente a US$1,0 bilhão (“Put” ou “Opção”).
A Opção poderá ser exercida a qualquer momento até 30 de abril de 2014 e está condicionada à necessidade de capital social adicional da Companhia e a ausência de alternativas mais favoráveis, condições estas que serão determinadas pela maioria dos membros independentes do Conselho de Administração da Companhia.
“Ao conceder essa opção, enfatizo a minha confiança na qualidade do corpo técnico e ativos da Companhia, bem como nas novas oportunidades que o setor de óleo e gás oferece à OGX”, comentou Eike Batista, acionista controlador e Presidente do Conselho de Administração da OGX.
Postado por Jussara Seixas
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