Ocupa Rede Globo Ato 1 RJ, rumo ao Ato 2:
Quem não foi, não sabe o que perdeu. Valeu a pena. Mas o ato 2 vem aí. Não percam.
O primeiro ato "Ocupa Rede Globo" ocorrido na porta da emissora no Rio de Janeiro, reuniu centenas de pessoas na porta da emissora, mas a TV Globo, que vem noticiando qualquer manifestação de rua nestes dias, deu o vexame de ocultar o evento em seus telejornais.
Era só um câmera registrar cenas da janela da emissora. Os manifestantes até avisaram que os profissionais poderiam descer à rua para gravar, que não seriam escorraçados, pois o protesto era contra a emissora. Mas o Jornal Nacional fez cara de paisagem, como se não tivesse acontecido nada debaixo de seu nariz. Vergonhoso. Nem no telejornal regional RJTV apareceu.
O vexame da Globo só vem a comprovar uma das razões do protesto: a TV Globo manipula as notícias, escondendo aquelas que vão contra os interesses comerciais e políticos de seus donos.
No mesmo dia a TV Globo noticiou no Jornal Nacional um protesto de médicos no centro do Rio de Janeiro, cuja dimensão de notícia foi a mesma do protesto em sua porta, o que comprova a parcialidade da emissora e a falta com o dever de informar a realidade como ela é a seus telespectadores, quando essa realidade vai contra seus interesses.
Os manifestantes protestaram contra o escândalo envolvendo sonegação fiscal milionária na compra de direitos de transmissão da Copa de 2002 da FIFA, através de operações simuladas em paraísos fiscais, segundo documento divulgado na internet. Protestaram também contra manipulação de notícias e contra formação de cartéis por barões da mídia, de forma que meia dúzia de famílias oligarcas controlam os grandes meios de comunicação de massa no Brasil desde a ditadura.
Os manifestantes fizeram um lacre simbólico da emissora, através de um cordão humano em frente ao prédio e, mais cedo, entregaram na portaria uma carta a um representante da emissora exigindo transparência nas explicações sobre o escândalo de sonegação ligado à Copa de 2002, uma vez que a empresa é concessionária pública de radiofusão.
O evento foi totalmente pacífico, organizado e civilizado, sem qualquer confronto com policiais. Os manifestantes decidiram em assembléia popular, ali mesmo, que haverá o ato 2 em breve.
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