Amigos e leitores, transcrevo na íntegra notícia que copiei do Blog do ALÊ, do Alexandre Porto, que está entre os meus favoritos.
POLÍTICA
Terça-feira, 04 de Novembro de 2008 - 12:14
Produção da indústria cresce 9,8% em setembroOs resultados prosseguem sustentados pelo desempenho do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos na capacidade produtiva, e pelo dinamismo da demanda doméstica.
Agencia Estado - A produção industrial brasileira acumula alta de 6,5% no ano e de 6,8% nos últimos 12 meses, até setembro, informou nesta terça-feira, 4, o IBGE. A atividade cresceu 9,8% na comparação com setembro do ano passado. Ante agosto, a produção cresceu 1,7% em setembro, na série com ajuste sazonal.
Os resultados da produção industrial de setembro mostram que o setor "mantém a trajetória ascendente da atividade produtiva", segundo observam os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa. Segundo o documento, os resultados prosseguem "sustentados pelo desempenho do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos na capacidade produtiva, e pelo dinamismo da demanda doméstica, em linha com as estatísticas recentes do comércio varejista e da evolução do emprego e da renda".
A economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes, ressaltou que o crescimento de 2,7% apurado na produção no terceiro trimestre ante o segundo trimestre é o melhor resultado para um terceiro trimestre, ante trimestre imediatamente anterior, apurado pelo IBGE desde 2004.
CNI: Vendas da indústria crescem 10,2%, sem indícios de crise - Os dados da indústria brasileira ainda não mostram os efeitos da crise financeira mundial, como apontam as informações divulgadas nesta terça-feira, 4, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As vendas reais do setor cresceram 2% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o faturamento real do parque fabril evoluiu 10,2%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria brasileira registrou ligeiro aumento em setembro ante agosto, passando de 83% para 83,3%. Em setembro do ano passado, as indústrias brasileiras operavam ao 82,8% de sua capacidade.
A pesquisa também mostra que o emprego na indústria teve expansão de 0,7% em setembro na comparação dessazonalizada com agosto. No confronto com setembro de 2007, o emprego cresceu 4,3%. Entre janeiro e setembro deste ano o emprego nas fábrica cresceu 4,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já a massa salarial paga pela indústria teve forte alta, de 7,1% em setembro em relação ao mesmo mês de 2007. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, ente igual período do ano passado o crescimento foi de 5,3%.
Segundo IBGE, dados de outubro devem trazer reflexos da crise - A produção industrial de setembro ainda não mostrou nenhum efeito do agravamento da crise mundial que ocorreu a partir daquele mês. No entanto, se espera que os resultados de outubro "mostrem efeitos negativos" das férias coletivas determinadas por alguns setores por causa da crise.
Algumas estatísticas de outubro, como a produção de automóveis e os indicadores de confiança dos empresários, apontam que os dados do mês passado podem mostrar efeitos da crise. No entanto, o efeito calendário vai ser favorável aos resultados de outubro, que terá um dia útil a mais do que em igual mês do ano passado.
É verdade que os ótimos resultados da Indústria em setembro não refletem ainda o pico da crise financeira que começou a partir do dia 15 de setembro com a quebra do Lehman Brothers. Outubro será um mês bem mais fraco, mas dificilmente irá no médio prazo reverter a tendência apontada no país até setembro.
As linhas de crédito estão se estabilizando e a taxa Libor voltou aos níveis anteriores a 15 de setembro. A Libor mede o custo dos empréstimos entre os bancos. A taxa para 90 dias recuou de 2,86% para 2,71%.
Pude ler no blog da jornalista Miriam Leitão, que de acordo com o economista-chefe da Liquidez Corretora, Marcelo Voss, a normalização da Libor sinaliza que a crise financeira está chegando ao fim:
- O recuo dessa taxa é muito importante porque mostra que o relacionamento entre os bancos a partir de hoje voltou ao normal. Teremos o início do fim do empoçamento do crédito - afirmou Voss.
Marcadores: Bens de capital, CNI, IBGE, Indústria, Libor, Nuci
POSTADO POR ALEXANDRE PORTO
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