quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Decretada prisão de Arruda

Do Blog GUERRILHEIROS VIRTU@IS.


STJ manda Polícia Federal prender governador e mais cinco pessoas por tentativa de suborno a testemunha de escândalo



ANDREI MEIRELES

O Superior Tribunal de Justiça decretou na tarde desta quinta-feira (11) a prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), e de mais cinco pessoas pela tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do escândalo do panetone, também conhecido como "mensalão do DEM".

O ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito da operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, acatou pedido da subprocuradora Geral da República Raquel Dodge para a prisão do governador, do ex-deputado Geraldo Naves, do ex-secretário de Comunicação do DF Wellington Morais, do ex-diretor da Companhia Energética de Brasília, Haroaldo Brasil de Carvalho, e de Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular de Arruda. Antonio Bento da Silva, funcionário público aposentado, preso em flagrante pela Polícia Federal ao entregar uma sacola com R$ 200 mil a Edson Sombra, já está detido no presídio da Papuda.

O relator já assinou o decreto e, em seguida, o presidente do STJ, Cesar Ásfor Rocha, convocou a Corte Especial, órgão máximo do tribunal, apenas para referendar a decisão de Fernando Gonçalves.

A situação de Arruda começou a se complicar com a prisão, no dia 4, de Antonio Bento em uma confeitaria de Brasília. Ele foi flagrado entregando os R$ 200 mil em espécie a Edson Sombra, principal parceiro do ex-delegado Durval Barbosa nas denúncias sobre o esquema de propina em Brasília. Esse dinheiro seria a primeira parcela de um total de R$ 1 milhão para que Sombra assinasse um documento desqualificando a denúncia de no escândalo. Em depoimento prestado à Polícia Federal, a que ÉPOCA teve acesso, Bento diz ter intermediado a tentativa de suborno convencido de que a ordem teria partido do próprio governador Arruda.

A Corte Especial do STJ acaba de ser convocada pelo presidente do Tribunal, ministro César Asfor, para referendar a decisão de Fernando Gonçalves.

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