Medidas de Uribe contra a saúde pública geram protestos em 15 cidades colombianas Milhares de colombianos, em Bogotá e pelo menos outras 14 cidades do país, marcharam contra o governo de Álvaro Uribe por ter assinado decretos que atingem gravemente o sistema de saúde do qual depende a grande maioria da população, principalmente os setores mais humildes. As medidas incluem a redução de recursos para a rede pública, o questionamento à autonomia médica, o favorecimento aos convênios privados e aumento da carga econômica tanto dos tratamentos e exames aos pacientes. Os decretos encobertos detrás da chamada “Emergência Social” também afeta os salários dos médicos; os estudantes e as faculdades de medicina que passarão a ter menos suporte por parte do governo, assim como também os hospitais e clínicas públicas. Luís Carlos Bonilla, ex magistrado e presidente do Comitê Permanente pelos Direitos Humanos, presente na marcha, denunciou que “os decretos se transformarão no curto e médio prazo em atos genocidas contra o povo colombiano”. O presidente da Sociedade Colombiana de Cardiologia, Jaime Calderón, assinalou que as medidas do governo “vão claramente em contra dos pacientes e dos usuários da saúde. Acrescentou que “tanto a chamada emergência social como os decretos atentam e se confrontam contra o Estado Social de Direito, que deve garantir condições mínimas de sobrevivência para a população. Aumento de impostos, mais recursos que deviam ir para melhorar as condições de vida, vão acabar no bolso dos mercadores da medicina. A Corte Constitucional deve declarar a impossibilidade de por em prática essas pretensões”. “As medidas cerceiam de cara a ética e a capacidade científica dos médicos, já que mediante resoluções e protocolos estão condicionando como devem intervir, como devem curar as doenças de seus pacientes e quais doenças podem ou não serem tratadas pelo serviço público”, assinalou Néstor Álvarez, representante da associação Doenças de Alto Custo, sublinhando que todos os decretos buscam que os convênios de saúde privados tenham maior beneficio econômico, enquanto oferecem menos serviços aos colombianos. Gloria Ramírez, senadora do Pólo Democrático Alternativo e do Partido Comunista Colombiano, asseverou que “é um crime que o Governo de Uribe jogue tantos recursos para a guerra, para a morte, para os bombardeios, para pagar recompensas, para as fumigações e ao mesmo tempo condene os colombianos a morrer por não poder pagar a atenção médica. A Colômbia tem que redefinir seu caminho. Primeiro a saúde, o emprego e a educação. Nada de bases norte-americanas, nem um homem, nem uma mulher, nem um centavo para a guerra. Chega do Estado favorecer as Empresas Promotoras de Saúde (EPS)”, enfatizou, falando aos manifestantes. Em Bogotá mais de 20 mil pessoas marcharam até a Praça de Bolívar, entoando consignas como: “Uribe é prejudicial para a saúde”. Os colombianos se manifestaram massivamente pelas ruas de Medellín, Cali, Barranquilla, Neiva, Bucaramanga, Pereira, Manizales, Cartagena, Ibagué, Tunja, Armenia e Santa Marta.
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