Deu o que falar artigo escrito, no último final de semana, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao O Globo (“sem medo do passado”). O chamado “príncipe dos sociólogos” saiu do tamanco para não fugir da comparação com o nosso governo. O resultado, para bom entendedor, é cômico para não dizer trágico. Uma tragédia quase do tamanho de seu governo.
Ele percebeu que o nosso mote será a comparação com o período em que “reinou”, juntamente com o FMI, em nosso país. Segundo ele: “na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi ´neoliberal’ – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social”. Na seqüência do texto, não poupou esforços de propagandear “feitos” como a “estabilidade da moeda”, a “privatização da Vale do Rio Doce” e do “sistema Telebrás” e do tal “Avança Brasil”. Numa demonstração clara do que o povão chama de “falta de assunto”, é bom perceber que FHC passou quase metade do texto a achincalhar o presidente Lula.
Vejamos, o governo dele foi tão bom que a dívida pública que era de menos de R$ 50 bilhões em 1995, chegou a quase R$ 900 bilhões em 2002. Claro que essa sangria só poderia refletir na participação dos salários na composição do PIB: caiu mais de 50% entre 1994 e 2002. Nas mãos dele o Brasil “quebrou” em 1998 (sim, oficialmente quebrou em janeiro de 1999, mas um “golpe branco” impediu dele admitir isso em meio as eleições de 1998) e o caos social (em nome da “estabilidade monetária”) foi suficiente para colocar na rua da amargura (desemprego) cerca de 12 milhões de pais de família, enquanto que o atual governo já gerou desde 2003 mais de 10 milhões de empregos. Não é a toa que FHC e seu governo, por muitos, é conhecido como o “serial killer da juventude”. O ministro das relações exteriores dele se deixou revistar em aeroporto norte-americano, inclusive tirando os sapatos, numa subserviência inversamente proporcional ao grande papel que o Brasil joga no mundo hoje. A potência mineral chamada “Vale do Rio Doce” foi privatizada por U$ 3 bilhões, numa jogatina que manchou a história recente de nosso país.
Seu governo foi marcado pela semi-estagnação econômica com uma média de crescimento – entre 1995 e 2002 de 2,57% (enquanto que a média do governo Lula poderá chegar a 4% ainda este ano), sendo que bancos voltados exclusivamente ao desenvolvimento como o BNDES transformaram-se em agências mediadoras da privatização. Além de lembrarmos da fábrica de desemprego e arrocho da era-FHC, nunca é demais lembrar da vergonha de um presidente que foi – em rede nacional – pedir pela economia de energia. Era a época do “apagão”. Não somente do apagão energético, mas também do “apagão das infraestruturas”: das estradas esburacadas, de projetos elétricos descartados e do aumento brutal dos custos de produção no Brasil. Esse desdém com as infraestruturas acrescida por uma opção monetarista eram expressões de uma época em que falar em política industrial e projeto de desenvolvimento poderia se converter numa carruagem de fogo não para as belezas celestiais, mas rumo à defenestração e ao isolamento (político e intelectual) em amplos setores da sociedade, como na universidade e no próprio aparelho estatal entranhado de quintas-colunas travestidos de “técnicos” com mestrado e doutorado na Universidade de Chicago.
Mas, para resumir, já que ele quer comparar os dois governos, vejamos a tabela abaixo acerca da comparação entre os indicadores sociais e econômicos publicados pelo conceituado – e neoliberal – veículo de informação econômica global, “The Economist” sobre a situação do Brasil, no final de 2002 e no final de 2009. A única ressalva aos dados da tabela é que à época em que foi elaborada, as taxas de juros estavam na casa dos 11% e hoje estão mais baixas ainda, exatamente em 8,75%.
Vejam, repetindo, não somos nós quem sistematizamos a tabela abaixo, e sim a “The Economist”. Acho que contra fatos e números, não existem argumentos, como segue:continue lendo no Blog do Renato
Ele percebeu que o nosso mote será a comparação com o período em que “reinou”, juntamente com o FMI, em nosso país. Segundo ele: “na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi ´neoliberal’ – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social”. Na seqüência do texto, não poupou esforços de propagandear “feitos” como a “estabilidade da moeda”, a “privatização da Vale do Rio Doce” e do “sistema Telebrás” e do tal “Avança Brasil”. Numa demonstração clara do que o povão chama de “falta de assunto”, é bom perceber que FHC passou quase metade do texto a achincalhar o presidente Lula.
Vejamos, o governo dele foi tão bom que a dívida pública que era de menos de R$ 50 bilhões em 1995, chegou a quase R$ 900 bilhões em 2002. Claro que essa sangria só poderia refletir na participação dos salários na composição do PIB: caiu mais de 50% entre 1994 e 2002. Nas mãos dele o Brasil “quebrou” em 1998 (sim, oficialmente quebrou em janeiro de 1999, mas um “golpe branco” impediu dele admitir isso em meio as eleições de 1998) e o caos social (em nome da “estabilidade monetária”) foi suficiente para colocar na rua da amargura (desemprego) cerca de 12 milhões de pais de família, enquanto que o atual governo já gerou desde 2003 mais de 10 milhões de empregos. Não é a toa que FHC e seu governo, por muitos, é conhecido como o “serial killer da juventude”. O ministro das relações exteriores dele se deixou revistar em aeroporto norte-americano, inclusive tirando os sapatos, numa subserviência inversamente proporcional ao grande papel que o Brasil joga no mundo hoje. A potência mineral chamada “Vale do Rio Doce” foi privatizada por U$ 3 bilhões, numa jogatina que manchou a história recente de nosso país.
Seu governo foi marcado pela semi-estagnação econômica com uma média de crescimento – entre 1995 e 2002 de 2,57% (enquanto que a média do governo Lula poderá chegar a 4% ainda este ano), sendo que bancos voltados exclusivamente ao desenvolvimento como o BNDES transformaram-se em agências mediadoras da privatização. Além de lembrarmos da fábrica de desemprego e arrocho da era-FHC, nunca é demais lembrar da vergonha de um presidente que foi – em rede nacional – pedir pela economia de energia. Era a época do “apagão”. Não somente do apagão energético, mas também do “apagão das infraestruturas”: das estradas esburacadas, de projetos elétricos descartados e do aumento brutal dos custos de produção no Brasil. Esse desdém com as infraestruturas acrescida por uma opção monetarista eram expressões de uma época em que falar em política industrial e projeto de desenvolvimento poderia se converter numa carruagem de fogo não para as belezas celestiais, mas rumo à defenestração e ao isolamento (político e intelectual) em amplos setores da sociedade, como na universidade e no próprio aparelho estatal entranhado de quintas-colunas travestidos de “técnicos” com mestrado e doutorado na Universidade de Chicago.
Mas, para resumir, já que ele quer comparar os dois governos, vejamos a tabela abaixo acerca da comparação entre os indicadores sociais e econômicos publicados pelo conceituado – e neoliberal – veículo de informação econômica global, “The Economist” sobre a situação do Brasil, no final de 2002 e no final de 2009. A única ressalva aos dados da tabela é que à época em que foi elaborada, as taxas de juros estavam na casa dos 11% e hoje estão mais baixas ainda, exatamente em 8,75%.
Vejam, repetindo, não somos nós quem sistematizamos a tabela abaixo, e sim a “The Economist”. Acho que contra fatos e números, não existem argumentos, como segue:continue lendo no Blog do Renato
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