Copiado do Blog CIDADANIA.COM, do Eduardo Guimarães.
Visitem,
Saraiva
Te cuida, Noé!
Atualizado às 18h51m de 31 de janeiro de 2010
Depois de a pesquisa Vox Populi ter mostrado que o governador “Zé Alagão” tem baixíssima resistência a críticas, a mídia dele inundou (perdoem-me, mas não resisti) os seus jornalões, revistões e televisões com a idéia de que o Pai Eterno mandou um novo dilúvio cair exclusivamente sobre a capital paulista.
Notícia publicada neste domingo (31/01) pelo jornal Folha de São Paulo, por exemplo, afirma, já na manchete, que fenômenos climáticos ocorridos sobre o oceano Atlântico fazem chover mais, não na região Sudeste, mas “em São Paulo”.
Vocês não acreditam? Então leiam a matéria – e, principalmente, seu título:
Aquecimento anormal dos oceanos e concreto levam a chuvas recordes em SP
Foram 38 dias de chuvas na cidade de São Paulo, contando até a última sexta-feira.
Os índices que, desde os anos 1930, medem a quantidade de água caindo atestam que nunca choveu tanto em um único mês de janeiro. O fenômeno intriga até os meteorologistas.
Os oceanos Pacífico e Atlântico estão mais quentes do que o normal na altura do Equador. No primeiro caso, é culpa do El Niño, que altera o padrão de ventos sobre a América do Sul.
O Atlântico mais quente acaba jogando mais umidade sobre a Amazônia também. Esse ar excessivamente úmido, desde o fim do ano passado, está migrando para o Sudeste e para o Sul do país. A imagem de satélite da trágica virada do ano, por exemplo, é categórica. Existia uma massa de nuvens sobre quase todo o Brasil.
Em São Paulo, especificamente, o concreto ajuda a bombear calor para o alto, o que engorda as nuvens. A chuva, que se forma com rapidez, cai com mais força sobre a capital.
A Defesa Civil do Estado registrou 68 vidas perdidas até sexta. Mais de 20 mil pessoas foram atingidas só em São Paulo. Negócios foram afetados -é só ver as verduras no mercado.
Pessoas de todas as faixas sociais que ocuparam as várzeas dos rios, muitas vezes com a concordância do poder público, estão ameaçadas. É o caso dos moradores de Atibaia, que estão na rota de um rio represado para a formação de um dos maiores reservatórios de abastecimento de água do mundo. A represa Atibainha, por exemplo, atingiu o seu nível máximo.
No interior e na capital, surgem provas de que o poder público não investiu em infraestrutura para evitar o pior.
Como se vê, o título da notícia não confirma o que conclui o texto ao seu último parágrafo. Quem, na verdade, causou a tragédia que se vê não foram nem o aquecimento dos oceanos nem o concreto, foi esse “poder público” que, quando é ocupado por um aliado do PIG, não costuma ter nome nem partido.
Não se descobriu hoje que chove mais no Sudeste brasileiro entre dezembro e março de cada ano. Tampouco não se descobriu hoje que fenômenos climáticos podem fazer chover de forma inédita em algum período, sobretudo se for em época de chuvas como a de agora.
O “poder público” a que alude a notícia supra reproduzida, se tiver um mínimo de profissionalismo e de competência deve ficar em alerta redobrado todos os anos neste período de chuvas, prevendo sempre o pior. É a única maneira de um governo estar pronto a reagir a uma eventualidade climática.
Mas é claro que esse “poder público” bicudo, empenado e sem nome não se vê tão obrigado a ser previdente se achar que pode contar com a “compreensão” da imprensa caso não tome medidas preventivas comezinhas como a de desassorear rios e córregos e manter a limpeza pública em dia – sem demitir garis, por exemplo.
Por conta disso, todos os dias a mídia nos brinda com um ineditismo dos fenômenos climáticos “em São Paulo” que, se continuar assim, ainda fará bater o recorde de chuvas do período histórico do operoso e previdente Noé, um recorde invicto desde antes da Era Cristã.
Depois de a pesquisa Vox Populi ter mostrado que o governador “Zé Alagão” tem baixíssima resistência a críticas, a mídia dele inundou (perdoem-me, mas não resisti) os seus jornalões, revistões e televisões com a idéia de que o Pai Eterno mandou um novo dilúvio cair exclusivamente sobre a capital paulista.
Notícia publicada neste domingo (31/01) pelo jornal Folha de São Paulo, por exemplo, afirma, já na manchete, que fenômenos climáticos ocorridos sobre o oceano Atlântico fazem chover mais, não na região Sudeste, mas “em São Paulo”.
Vocês não acreditam? Então leiam a matéria – e, principalmente, seu título:
Aquecimento anormal dos oceanos e concreto levam a chuvas recordes em SP
Foram 38 dias de chuvas na cidade de São Paulo, contando até a última sexta-feira.
Os índices que, desde os anos 1930, medem a quantidade de água caindo atestam que nunca choveu tanto em um único mês de janeiro. O fenômeno intriga até os meteorologistas.
Os oceanos Pacífico e Atlântico estão mais quentes do que o normal na altura do Equador. No primeiro caso, é culpa do El Niño, que altera o padrão de ventos sobre a América do Sul.
O Atlântico mais quente acaba jogando mais umidade sobre a Amazônia também. Esse ar excessivamente úmido, desde o fim do ano passado, está migrando para o Sudeste e para o Sul do país. A imagem de satélite da trágica virada do ano, por exemplo, é categórica. Existia uma massa de nuvens sobre quase todo o Brasil.
Em São Paulo, especificamente, o concreto ajuda a bombear calor para o alto, o que engorda as nuvens. A chuva, que se forma com rapidez, cai com mais força sobre a capital.
A Defesa Civil do Estado registrou 68 vidas perdidas até sexta. Mais de 20 mil pessoas foram atingidas só em São Paulo. Negócios foram afetados -é só ver as verduras no mercado.
Pessoas de todas as faixas sociais que ocuparam as várzeas dos rios, muitas vezes com a concordância do poder público, estão ameaçadas. É o caso dos moradores de Atibaia, que estão na rota de um rio represado para a formação de um dos maiores reservatórios de abastecimento de água do mundo. A represa Atibainha, por exemplo, atingiu o seu nível máximo.
No interior e na capital, surgem provas de que o poder público não investiu em infraestrutura para evitar o pior.
Como se vê, o título da notícia não confirma o que conclui o texto ao seu último parágrafo. Quem, na verdade, causou a tragédia que se vê não foram nem o aquecimento dos oceanos nem o concreto, foi esse “poder público” que, quando é ocupado por um aliado do PIG, não costuma ter nome nem partido.
Não se descobriu hoje que chove mais no Sudeste brasileiro entre dezembro e março de cada ano. Tampouco não se descobriu hoje que fenômenos climáticos podem fazer chover de forma inédita em algum período, sobretudo se for em época de chuvas como a de agora.
O “poder público” a que alude a notícia supra reproduzida, se tiver um mínimo de profissionalismo e de competência deve ficar em alerta redobrado todos os anos neste período de chuvas, prevendo sempre o pior. É a única maneira de um governo estar pronto a reagir a uma eventualidade climática.
Mas é claro que esse “poder público” bicudo, empenado e sem nome não se vê tão obrigado a ser previdente se achar que pode contar com a “compreensão” da imprensa caso não tome medidas preventivas comezinhas como a de desassorear rios e córregos e manter a limpeza pública em dia – sem demitir garis, por exemplo.
Por conta disso, todos os dias a mídia nos brinda com um ineditismo dos fenômenos climáticos “em São Paulo” que, se continuar assim, ainda fará bater o recorde de chuvas do período histórico do operoso e previdente Noé, um recorde invicto desde antes da Era Cristã.
Escrito por Eduardo Guimarães às 12h27[(20) Opiniões - para opinar, clique aqui e depois pressione F11] [envie esta mensagem]
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