(JOSÉ SARAMAGO em entrevista à Revista Bundas falando sobre
O PODER DA PALAVRA)
A Ministra Dilma participou do Programa Superpop da Rede TV, quinta-feira. Não assisti, porém li muitas opiniões referentes ao seu desempenho em diversas matérias publicadas em diferentes Blogs. Diante do que disseram, expressei minha opinião dizendo que a pessoa deve se mostrar tal qual é na realidade, seja ela quem fôr. Disse que não deve seguir à risca os conselhos dos marqueteiros, amigos ou de pessoas do seu partido. Afinal, cada um é o que é, e autenticidade não é defeito. Sei que na Política se exige o tal jogo de cintura. Mas, tudo tem limites. Fica muito artificial quando alguém assume uma postura ensaiada, que não é a sua postura natural. Deve ter sido o que aconteceu com a Dilma. Me pareceu que as pessoas queriam colocar na sua boca , as palavras que desejavam ouvir. Foi o que depreendi do que tomei conhecimento. Não pode ser assim. Enfrentar câmeras de TV não é mole! Exige experiência. Brizola o fazia com maestria em suas campanhas eleitorais, sem sequer se valer do teleprompter.
No entanto, ao vivo, é muito diferente... Dilma está começando a enfrentar a mídia (escrita, falada e televisiva). Sua experiência, sabemos todos, é na área técnica que não exige esta exposição. Daí ser ela pouco conhecida. Além do mais não há nenhum interesse dos meios de comunicação em torná-la mais conhecida, pelo contrário.
Assim, criticar sua insegurança ao falar gaguejando, ao fato de não usar as palavras corretas nas respostas à apresentadora, etc., denota desconhecimento da alma humana e falta do sentimento de alteridade. Incapacidade total de se colocar no lugar do outro. Foi uma coisa natural a insegurança demonstrada, se é que tal aconteceu. Li também opiniões contrárias, dizendo que ela foi brilhante. O fato é que Dilma é mulher, independente, e possuidora de uma capacidade gerencial ímpar. Eis aí a questão. Enfrentar o machismo embutido há séculos nas cabeças dos homens, principalmente, e nas de certas mulheres conservadoras, não vai ser fácil.
Estou certa de que nas próximas apresentações públicas, vamos ver uma Dilma falando fluentemente, sem patrulhamento de espécie alguma e demonstrando que, no atual momento, só ela é a opção correta para o Brasil.
Finalmente, quero dizer que Comunicação também se aprende com a prática. Dilma terá este ano esta grande oportunidade. E nós, brasileiros e brasileiras vamos aprender muito com ela, ou melhor, os que estiverem dispostos a entender o seu discurso. Porque, como bem diz Saramago, Palavra é Poder.
Escrito por Leda Ribeiro - Colaboradora do Blog
No entanto, ao vivo, é muito diferente... Dilma está começando a enfrentar a mídia (escrita, falada e televisiva). Sua experiência, sabemos todos, é na área técnica que não exige esta exposição. Daí ser ela pouco conhecida. Além do mais não há nenhum interesse dos meios de comunicação em torná-la mais conhecida, pelo contrário.
Assim, criticar sua insegurança ao falar gaguejando, ao fato de não usar as palavras corretas nas respostas à apresentadora, etc., denota desconhecimento da alma humana e falta do sentimento de alteridade. Incapacidade total de se colocar no lugar do outro. Foi uma coisa natural a insegurança demonstrada, se é que tal aconteceu. Li também opiniões contrárias, dizendo que ela foi brilhante. O fato é que Dilma é mulher, independente, e possuidora de uma capacidade gerencial ímpar. Eis aí a questão. Enfrentar o machismo embutido há séculos nas cabeças dos homens, principalmente, e nas de certas mulheres conservadoras, não vai ser fácil.
Estou certa de que nas próximas apresentações públicas, vamos ver uma Dilma falando fluentemente, sem patrulhamento de espécie alguma e demonstrando que, no atual momento, só ela é a opção correta para o Brasil.
Finalmente, quero dizer que Comunicação também se aprende com a prática. Dilma terá este ano esta grande oportunidade. E nós, brasileiros e brasileiras vamos aprender muito com ela, ou melhor, os que estiverem dispostos a entender o seu discurso. Porque, como bem diz Saramago, Palavra é Poder.
Escrito por Leda Ribeiro - Colaboradora do Blog
Um comentário:
Leda, concordo totalmente com você.
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