quinta-feira, 15 de abril de 2010

De promessa o povo vive. Mas não todos

15 Abril 2010


Estou lendo o livro ao lado.

Chama-se "O jovem Stalin".

O calhamaço de 500 páginas foi escrito por Simon Sebag Montefiore.

Foi lançado originalmente nos Estados Unidos em 2007. Na Alemanha, em 2008.

Em 2006, o mesmo autor publicou "Stalin, na corte do Zsar Vermelho". (Stalin. Am Hof des roten Zaren).

"O jovem Stalin" é tão bom que hoje encomendei o livro Am Hof ... publicado anteriormente.

Mas vamos aonde eu quero chegar.

Recentemente, a Ditabranda publicou um vídeo com o dono da Record ensinando a seus parceiros de igreja a extorquir dinheiro, digo, pedir a contribuição dos incautos, digo, dos seus fiéis da Igreja Universal.

o Eduardo Guimarães em seu blog, diz sobre o caso: "Todavia, quem paga fortunas a “conselheiros” para ouvir palpites, sejam eles pais-de-santo, igrejas, consultorias de investimentos ou publicitárias, psicanalistas etc., simplesmente compra o intangível."

No livro "O jovem Stalin" tem uma passagem que mostra que a prática da promessa do intangível é velha.

Stalin, 24 anos, conhecido desde criança como Sosso, fugira de Tiflis, capital da Georgia, para Batumi, onde ele, feliz, proclama, depois de três meses na cidade: "Eu trabalho para os Rothschilds!" (dias depois, a refinaria dos Rothschilds seria consumida por um incêndio iniciado exatamente na sessão em que Sosso trabalhava.)

Nessa época, ele, Sosso, ou Stalin, imprimia seus panfletos na casa de um ladrão chamado Haschimi Smirba, que acreditava que Stalin imprimia dinheiro.

Um dia, Smirba, fumando seu cachimbo, diz a Stalin:

-Você é um bom homem, Sosso. Pena que você não seja muçulmano. Caso você se converta à crença em Alá, você receberá sete lindas virgens. Você não gostaria de se tornar muçulmano?

E Stalin: - E como!, e sorriu.

Há muito Stalin deixara de acreditar em Deus e na Igreja Ortodoxa, onde estudou todo a sua infância e juventude e onde presenciou nos quartos cheios de jovens a pederastia que a Igreja Católica hoje quer nos fazer crer que "isso" nunca existiu nas "puras" Instituições.

Como se vê, prometer o impossível faz parte do jogo.

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