“A substituição de Fátima Bernardes por
Patrícia Poeta na bancada aponta para uma redefinição do principal telejornal
brasileiro; a apresentadora do Fantástico leva beleza para os telespectadores,
na tentativa de reverter um dos piores índices de audiência do JN, que tinha
mais de 50 pontos no Ibope com Cid Moreira e Sérgio Chapelin; mas Patrícia tem
credibilidade?
Brasil 247
A escolha da apresentadora do Fantástico
para substituir Fátima Bernardes na bancada do Jornal Nacional acena para uma
mudança no perfil do principal telejornal brasileiro. A chegada de Patrícia
Poeta indica que o JN vai ter um caráter mais revistado, como o programa
dominical, com jeito descontraído e até mais glamour. A decisão de levar para o
lugar de Fátima a jornalista consagrada como “garota do tempo” pode ser uma
manobra da TV Globo para alavancar a audiência do Jornal Nacional. Enquanto nos
tempos áureos de Cid Moreira e Sérgio Chapelin, o JN registava mais de 50
pontos no Ibope, hoje a média é de 30 pontos (segundo a Record, 29).
Apesar de bastante vistosa, Patrícia não
tem a trajetória de Fátima, que começou carreira na Globo como trainee, atuou em
várias áreas de produção e reportagem até ascender à âncora, em 1998, ao lado
do marido, William Bonner. A recém-anunciada âncora do Jornal Nacional começou
carreira na Band em Porto
Alegre, em 1997. Três anos depois, mudou-se para São Paulo
para apresentar na Globo a previsão regional do tempo. Em 2001, casou com o
então diretor da Globo Internacional, Amauri Soares, e tornou-se correspondente
em Nova York. Sete
anos depois, substitutiu Glória Maria no Fantástico.
Neste ano, Patrícia Poeta protagonizou uma
gafe presidencial que virou meme na internet. Ela levou uma patada de Dilma
Rousseff e ficou visivelmente constrangida no ar. Ao tratar das ações do
Congresso Nacional, a jornalista perguntou: “Como é que a senhora controla esse
toma-lá-dá-cá, cada vez mais sem cerimônias das bancadas?” À queima roupa,
Dilma disparou: “Você me dá um exemplo do dá-cá que eu te explico o toma-lá”.
Foto: Agência Estado
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