“Amaury Ribeiro Júnior afirma que Ricardo
Sérgio de Oliveira teria recebido propina de empresários durante a venda das
estatais de telecomunicações em 1998
Anselmo Massad, Rede Brasil Atual
"Homem do caixa" de campanhas do
PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira, é apontado como "artesão" dos
consórcios da privatização das telecomunicações no país, promovida em 1998,
pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Autor do livro "A Privataria
Tucana", que chegou às livrarias nesta sexta-feira (9), ele afirma que a
costura dos acordos entre empresários envolveu pagamentos de propina da ordem
de US$ 4 milhões, em operações que envolvem um primo da mulher do ex-governador
paulista e ex-ministro da Saúde e do Planejamento José Serra (PSDB).
O montante rastreado, ainda segundo o
livro, teve origem no empresário Gregório Marin Preciado, sócio de Serra em um
terreno no Morumbi e primo de Mônica Serra, a esposa. Ricardo Sérgio de
Oliveira é apontado como alguém que "conhecia muito a área
financeira" por ter sido vice-presidente do Citibank. De 1995 a 1998, ele ocupou a
diretoria internacional do Banco do Brasil.
Ricardo Sérgio de Oliveira foi tesoureiro
das campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso ao Senado, em 1990 e
1994. Segundo Amaury Ribeiro Júnior, ele teve papel central em dois momentos em
que foram promovidos desvios de recursos públicos: o caso Banestado e durante
as privatizações. O jornalista atribui a Ricardo Sérgio a criação do modus
operandi do envio irregular de US$ 30 bilhões ao exterior pelo banco estadual
do Paraná de 1996 a
2000, segundo investigação da Polícia Federal.
Na qualidade de diretor do Banco do Brasil,
o tucano assinou portaria que permitiu as contas correlatas entre Brasil e
Paraguai. O mecanismo facilita transferências entre contas de comerciantes com
negócios nos dois países, mas acabou usado também na "lavanderia do
Banestado" por doleiros, segundo Amauri Ribeiro Júnior.”
Imagem: o tesoureiro de campanhas
eleitorais do PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira, é apontado como mentor de
esquemas de desvio de recursos públicosFoto: ©Flávio Florido/Folhapress
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